Ativista segura bandeira palestina perto de uma tenda recém montada no vilarejo de Beit Iksa, na Cisjordânia, entre Ramallah e Jerusalém (Mohamad Torokman/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2013 às 12h56.
Jerusalém - Israel exigiu neste domingo que a Autoridade Palestina contenha uma onda de protestos anti-Israel, antes da visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, à região no próximo mês.
Um importante assessor do presidente palestino Mahmoud Abbas não deu nenhuma indicação se a Autoridade Palestina, que exerce limitada autonomia na Cisjordânia ocupada, irá emitir qualquer pedido de calma, e culpou Israel pela disparada dos distúrbios.
A morte em uma prisão israelense de um detento palestino no sábado e uma greve de fome em curso por quatro detentos têm alimentado as tensões na Cisjordânia, onde manifestantes entraram em confronto novamente com soldados israelenses no domingo.
Cerca de 3 mil prisioneiros realizaram um jejum de um dia no domingo, após a morte do detento, que Israel disse que foi causada por um ataque cardíaco, uma explicação contestada por autoridades palestinas.
"Israel transmitiu à Autoridade Palestina uma demanda inequívoca para acalmar o território", disse um funcionário do governo israelense, acrescentando que a mensagem foi entregue por um dos principais assessores do primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu.
Como um incentivo claro para os líderes palestinos a intervir, Israel comprometeu-se a prosseguir com a transferência neste mês à Autoridade Palestina de cerca de 100 milhões de dólares em receitas de impostos.
Israel começou a reter os fundos, dinheiro que a Autoridade Palestina precisa para pagar os salários do setor público, após o reconhecimento das Nações Unidas de um Estado palestino, em novembro.
Sob pressão internacional, Israel anunciou no mês passado que vai liberar 100 milhões de dólares para a Autoridade Palestina.