David Cameron está em Israel e vai se reunir com as principais autoridades do país (Carl Court/Getty Images)
Repórter colaborador
Publicado em 17 de abril de 2024 às 07h19.
Última atualização em 18 de abril de 2024 às 07h19.
O Reino Unido espera que Israel retalie o ataque que o Irã fez no fim de semana, disse David Cameron, secretário das Relações Exteriores e ex-premiê, nesta quarta-feira.
Falando em uma visita a Israel para se reunir com figuras-chave do governo, Cameron disse aos repórteres que estava "claro" que Israel estava "tomando a decisão de agir".
"É correto que tenhamos deixado claras nossas opiniões sobre o que deve acontecer em seguida, mas está claro que os israelenses estão tomando a decisão de agir", disse Cameron.
"Esperamos que eles o façam de uma forma que contribua o mínimo possível para o agravamento da situação - e de uma forma que, como eu disse ontem, seja inteligente e dura", acrescentou.
Israel ainda não respondeu ao ataque iraniano, que contou com uma enxurrada de mísseis e ataques de drones direcionados a Israel. Ele foi uma retaliação a um ataque ao consulado do Irã em Damasco. O gabinete de guerra do país está ponderando sobre sua resposta, mas Cameron está entre os que pedem moderação a Israel, segundo o site Politico.
Enquanto estiver em Israel, Cameron deverá se encontrar com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz. Cameron se encontrou com o presidente de Israel, Isaac Herzog, na manhã de quarta-feira.
Netanyahu conversou com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, na noite de terça-feira, e Sunak disse ao primeiro-ministro israelense que "era um momento para que a calma prevalecesse", de acordo com um relatório fornecido pelo escritório de Sunak.
Um dia após ataque, o Conselho de Segurança da ONU pediu cautela a todos os lados. O secretário-geral, Antonio Guterres, afirmou que Oriente Médio está 'na beira do abismo' e que um conflito de grande porte traria grandes impactos para a população civil.
O Irã lançou mais de 300 drones e mísseis contra alvos militares em Israel no sábado, em um ataque que o presidente dos EUA, Joe Biden, descreveu como "sem precedentes". A Casa Branca, porém, adiantou que não iria participar de retaliações contra o Irã.
O papel de China e Rússia nesse novo conflito também é alvo de especulações entre os analistas.