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Israel e Hamas trocam acusações sobre atraso em acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza

Negociações avançam, mas atrasos na troca de prisioneiros e reféns adiam trégua planejada

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 07h51.

As negociações entre Israel e Hamas para um cessar-fogo planejado enfrentam entraves de última hora, adiando o anúncio previsto para esta terça-feira, 14.

O acordo inclui a troca de aproximadamente 98 reféns mantidos pelo Hamas por prisioneiros palestinos detidos por Israel, além do envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. No entanto, questões logísticas, como as listas de prisioneiros e reféns, têm atrasado o progresso. As informações são da Bloomberg.

Troca de reféns e ajuda humanitária

O plano prevê uma pausa de seis semanas nos combates, durante a qual caminhões com ajuda humanitária entrariam em Gaza, aliviando a crise que afeta quase 2 milhões de deslocados em condições extremas.

Discrepâncias entre as partes incluem demandas adicionais do Hamas e mudanças nos termos propostos por Israel, gerando desconfiança.

Contexto do conflito

O confronto começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque coordenado do Hamas a Israel que resultou em cerca de 1.200 mortes e 250 sequestros.

Desde então, mais de 46 mil pessoas morreram em Gaza, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, e a região enfrenta uma crise humanitária de grandes proporções.

Esforços internacionais e desafios

As negociações mediadas por Estados Unidos, Qatar e Egito tentam viabilizar um acordo que possa aliviar a situação humanitária e evitar uma escalada regional, dado o envolvimento de milícias em países vizinhos como Líbano e Síria.

Apesar das dificuldades e divisões internas no Hamas, mediadores consideram o cessar-fogo um passo crucial para estabilizar a região e abrir caminho para diálogos futuros.

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