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Israel e Hamas: o que esperar das negociações pelo cessar-fogo

Encontros diplomáticos se intensificaram nos últimos dias em busca de uma trégua

Blinken com o ministro do Exterior da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan  (Photo by EVELYN HOCKSTEIN / POOL / AFP) (Photo by EVELYN HOCKSTEIN/POOL/AFP/Getty Images)

Blinken com o ministro do Exterior da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan (Photo by EVELYN HOCKSTEIN / POOL / AFP) (Photo by EVELYN HOCKSTEIN/POOL/AFP/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 29 de abril de 2024 às 09h53.

Uma delegação do Hamas deve chegar nesta segunda-feira ao Egito onde deve negociar uma proposta de Israel para uma trégua em Gaza e a libertação de reféns após quase sete meses de guerra. O Egito, o Qatar e os Estados Unidos vêm tentando mediar um acordo entre Israel e o Hamas há meses. Um novo esforço diplomático nos últimos dias pareceu sugerir um novo impulso para interromper os combates.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em sua sétima visita à região desde o ataque do Hamas em 7 de outubro, chegou na segunda-feira à Arábia Saudita e também viajará para Israel e para a vizinha Jordânia no final desta semana para reforçar as conversas pela trégua.

Embora Israel tenha se comprometido a ir atrás dos batalhões do Hamas em Rafah, apesar da crescente preocupação global com os civis palestinos que se abrigam no sul da cidade da Faixa de Gaza, o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, disse que o governo pode “suspender” a invasão se um acordo for alcançado. A guerra levou a Faixa de Gaza sitiada à beira da fome, segundo as Nações Unidas e as autoridades humanitárias, reduziu grande parte do território a escombros e aumentou os temores de um conflito mais amplo.

Uma fonte do Hamas próxima às negociações disse à France Presse que o grupo “está aberto a discutir a nova proposta de forma positiva” e está interessado em um acordo que “garanta um cessar-fogo permanente, o livre retorno das pessoas deslocadas, um acordo aceitável para a troca [de prisioneiros] e a garantia do fim do cerco” em Gaza. O Hamas já havia insistido em um cessar-fogo permanente - uma condição que Israel rejeitou.

Com a intensificação dos esforços diplomáticos, Blinken chegou a Riad para conversar com ministros das relações exteriores árabes e europeus com o objetivo de promover um cessar-fogo e aumentar a ajuda humanitária em Gaza. Seu colega saudita, o ministro das Relações Exteriores, príncipe Faisal bin Farhan, disse no domingo que a comunidade internacional falhou com os habitantes de Gaza.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com Netanyahu por telefone no domingo e “analisou as negociações em andamento para garantir a libertação dos reféns, juntamente com um cessar-fogo imediato em Gaza”, disse o comunicado da Casa Branca. Os dois líderes “também discutiram o aumento da entrega de assistência humanitária em Gaza”, disse o comunicado, incluindo “preparativos” para abrir novas passagens para o norte de Gaza, onde as condições têm sido particularmente muito ruins.

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