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Israel e Arábia Saudita se reuniram em segredo sobre Irã

Países que não mantêm relações diplomáticas realizaram cinco encontros para falar de país que ambos acreditam representar uma ameaça regional


	Energia nuclear: reuniões aconteceram nos últimos 18 meses na Índia, na Itália e na República Tcheca
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Energia nuclear: reuniões aconteceram nos últimos 18 meses na Índia, na Itália e na República Tcheca (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2015 às 06h55.

Jerusalém - Israel e Arábia Saudita, dois países que não mantêm relações diplomáticas, se reuniram em segredo em cinco ocasiões para conversar sobre o Irã, um país que ambos acreditam representar uma ameaça regional e que está a ponto de fechar um acordo nuclear com a comunidade internacional, informou nesta sexta-feira o jornal israelense "Jerusalem Post".

As reuniões aconteceram nos últimos 18 meses na Índia, na Itália e na República Tcheca, com objetivo de realizar uma campanha de "diplomacia clandestina" para minimizar a crescente influência do Irã na região, conforme revelaram diplomatas dos dois países, segundo a publicação israelense, que citou meios da imprensa americana.

Doure Gold, designado para ser o próximo diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores de Israel, e Anwar Majed Eshki, general saudita reformado, ex-assessor do príncipe Bandar bin Sultan e ex-embaixador do reino saudita nos EUA, falaram sobre a aproximação entre os dois países em um encontro pouco comum no Conselho de Relações Exteriores em Washington.

"Não resolvemos todas as diferenças que nossos países compartilharam durante anos, mas esperamos poder solucioná-las totalmente nos próximos anos", disse Gold, segundo o "Jerusalem Post".

Apesar de ambos terem garantido que não conversaram como representantes oficiais, mas como especialistas em relações exteriores, os dois apoiaram a aproximação de seus países e o impulso da Iniciativa de Paz Árabe, informou o site do jornal "The Times of Israel".

Esta proposta, apresentada pela Arábia Saudita há 13 anos, propõe um marco para uma solução ao conflito, na qual participariam não só Israel e Palestina, mas outros países da região, que se comprometeriam a reconhecer Israel e a estabelecer relações diplomáticas em troca da paz.

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