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Israel diz ter atacado cerca de 30 posições de lançamento de mísseis do Hezbollah no Líbano

Ofensivas ocorrem após o território libanês ter sido alvo de ataques atribuídos às forças israelenses, a quem o grupo xiita prometeu vingança

Aréa de Khiam, no sul do Líbano, bombardeado por Israel para limitar a ação do grupo Hezbollah após ataques ao território israelense (Rabih Daher/AFP)

Aréa de Khiam, no sul do Líbano, bombardeado por Israel para limitar a ação do grupo Hezbollah após ataques ao território israelense (Rabih Daher/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 19 de setembro de 2024 às 17h14.

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O Exército de Israel afirmou que atingiu cerca de 30 plataformas de lançadores de foguetes e outras “infraestruturas terroristas” do grupo xiita Hezbollah nesta quinta-feira, 19.

De acordo com o comunicado das forças israelenses, os locais atingidos incluíam 150 lançadores que estavam prontos para disparar projéteis em direção ao território israelense. As Forças Armadas do Estado judeu também atacaram um depósito de armas da organização político-militar no sul do Líbano.

As ofensivas ocorrem em meio ao aumento de tensões na região, após o Líbano ter sido alvo de ataques atribuídos a Israel — a quem prometeu “duras represálias e uma punição justa”. Somadas, as explosões de pagers na terça-feira e de walkie-talkies na quarta deixaram pelo menos 37 pessoas mortas, incluindo duas crianças e 25 integrantes do grupo, e mais de 3 mil feridos no país, segundo o Ministério da Saúde libanês. Mais cedo nesta quinta-feira, o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, afirmou que a resposta contra as forças israelenses ocorrerá “tanto onde [a retaliação] é esperada como onde não é”.

Israel e o Hezbollah já haviam trocado ataques durante a última noite e até a manhã desta quinta-feira, continuando um padrão de confronto que começou com a guerra na Faixa de Gaza. O grupo xiita alega que realiza as ofensivas em solidariedade ao grupo terrorista Hamas, que, assim como ele, é financiado pelo Irã. Dois mísseis antitanque disparados do Líbano em direção à região da Alta Galileia, em Israel, feriram oito pessoas, sendo duas delas mais gravemente. Autoridades locais, no entanto, não informaram se os feridos eram civis ou militares.

Em outro ataque, o Hezbollah afirmou ter lançado drones explosivos em uma base militar israelense e em posições de artilharia. O Exército israelense, por sua vez, disse que não havia relatos imediatos de feridos, mas que bombeiros estavam combatendo incêndios causados pelos drones.

O Exército israelense não respondeu a pedidos do jornal americano New York Times para comentar as explosões desta semana no Líbano, mas o ministro da Defesa do país, Yoav Gallant, disse na quarta-feira que Israel estava “no início de um novo período nesta guerra”. Sem mencionar os ataques que elevaram os temores de que o conflito possa escalar para uma guerra total, Gallant disse que o “centro da gravidade” dos esforços militares israelenses “se movia para o norte” à medida que o país desviava “forças, recursos e energia em direção à ameaça apresentada pelo Hezbollah.

Nasrallah prometeu que a luta do Hezbollah contra Israel “não terminará até o fim da agressão em Gaza”, apesar de “todo esse sangue derramado”. Gallant, por sua vez, assegurou que as “ações militares” israelenses contra o Hezbollah continuarão. O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, pediu à ONU que adote em sua reunião de sexta-feira, onde está previsto discutir esses ataques, “uma postura firme para deter a agressão israelense contra o Líbano e a guerra tecnológica que está sendo travada”.

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