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Israel diz que busca 'acordo integral' e continua sem responder proposta aceita por Hamas

Mediadores continuam aguardando a resposta de Tel Aviv à última proposta, que libertaria parte dos reféns e foi aceita pelo Hamas há nove dias

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 26 de agosto de 2025 às 15h00.

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O porta-voz do governo de Israel para a mídia estrangeira, David Mencer, disse nesta terça-feira que Israel deseja um “acordo integral” que libere os 50 reféns que ainda estão na Faixa de Gaza, enquanto o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, continua sem responder à última proposta aceita pelo Hamas.

“Israel deseja um acordo completo que traga todos de volta para casa. Apreciamos enormemente os esforços dos países mediadores e, sem dúvida, estamos estudando qualquer medida que leve à libertação dos reféns e ao cumprimento dos objetivos desta guerra”, disse Mencer em entrevista coletiva.

Os mediadores continuam aguardando a resposta de Israel à última proposta, que libertaria parte dos reféns e foi aceita pelo Hamas há nove dias, afirmou hoje o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, cujo país é mediador junto com Egito e Estados Unidos nas negociações.

Segundo os mediadores, o plano atual estipula uma pausa de 60 dias durante a qual o Hamas entregaria 10 reféns vivos e 18 mortos em troca de um número indeterminado de prisioneiros e detidos palestinos, entre outros pontos.

Hoje mesmo, uma fonte de segurança egípcia - que pediu anonimato - disse à Agência EFE que uma delegação técnica egípcia visitou Israel para abordar o reinício das negociações indiretas que ponham fim à ofensiva bélica em Gaza, sem dar mais detalhes.

Desde outubro de 2023, mais de 62.800 pessoas foram mortas em mais de 22 meses de ofensiva israelense, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, embora esse número possa ser conservador, pois não inclui as mortes não violentas por fome ou doença. Entre os mortos, há cerca de 18 mil crianças.

Além disso, mais de meio milhão de palestinos na região de Gaza - que inclui a capital - passam fome, segundo as Nações Unidas, causada pelo bloqueio israelense à entrada livre de alimentos e outros suprimentos.

Cerca de dois milhões de palestinos foram forçados a se deslocar, a maioria várias vezes, e desde então a maioria vive amontoada em campos dentro da Faixa de Gaza, onde casas, escolas e hospitais foram destruídos.

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