Benjamin Netanyahu: primeiro-ministro israelense. (Oliver Contreras/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 10 de agosto de 2025 às 15h28.
Última atualização em 10 de agosto de 2025 às 15h31.
O governo de Israel afirmou, neste domingo, que "não planeja ocupar Gaza permanentemente", durante a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, convocada para discutir o novo plano israelense para que tome o controle de toda a faixa palestina.
"Israel não tem planos ou o desejo de ocupar permanentemente Gaza", defendeu Jonathan Miller, o sub-representante permanente israelense na ONU, que recebeu o apoio dos Estados Unidos, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança.
Após questionamentos pelos outros quatro integrantes permanentes (Rússia, China, França e Reino Unido), o diplomata defendeu o plano militar do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que o Escritório de Segurança israelense aprovou na última sexta para ocupar a cidade de Gaza, no norte do enclave.
Miller reiterou que os novos "cinco princípios" deste plano para concluir a ofensiva em Gaza são o desarmamento do Hamas, a libertação de todos os reféns, a desmilitarização de Gaza, que Israel tenha controle de segurança sobre o enclave e a criação de uma administração civil pacífica "não israelense" para a Faixa.
"Esta é a única forma de garantir um futuro melhor tanto para os israelenses quanto para os palestinos", insistiu.
A reunião extraordinária da ONU terminou após quase três horas, nas quais, com exceção dos EUA, os participantes questionaram o plano de Israel por considerarem que poderia violar o direito internacional e colocar em risco ainda mais as vidas dos palestinos.
Enquanto o encontro ocorria, Netanyahu garantia em uma entrevista coletiva em Jerusalém que Israel lançará "muito em breve" sua ofensiva contra a cidade de Gaza e os acampamentos de refugiados no centro e sul do enclave, que considera os dois últimos bastiões do Hamas na Faixa.
O premiê israelense detalhou que a condição prévia para lançar a ofensiva é criar "zonas de segurança", cuja localização não especificou, para onde a população será deslocada e nas quais Netanyahu garantiu que haverá "comida, água e assistência médica".