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Israel diz a Assad que ataques não visam ajudar rebeldes

Autoridades dizem que país não está disposto a tomar partido na guerra civil da Síria, por temer que suas ações ajudem militantes islâmicos


	Soldado israelense ora no topo de um tanque próximo a linha de cessar fogo entre Síria e Israel, nas colinas de Golã
 (Baz Ratner/Reuters)

Soldado israelense ora no topo de um tanque próximo a linha de cessar fogo entre Síria e Israel, nas colinas de Golã (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2013 às 08h44.

Jerusalém - Israel tentou convencer nesta segunda-feira o presidente sírio, Bashar al-Assad, que os ataques aéreos israelenses recentes em torno de Damasco não pretendem enfraquecê-lo em face de uma rebelião que já dura mais de dois anos.

Autoridades dizem que Israel não está disposto a tomar partido na guerra civil da Síria, por temer que suas ações ajudem militantes islâmicos que são ainda mais hostis a Israel do que a família Assad, que tem mantido uma posição estável com o Estado judeu por décadas.

Mas Israel tem repetidamente alertado que não vai deixar o Hezbollah, aliado de Assad, receber armamento de alta tecnologia. Fontes de inteligência disseram que Israel atacou mísseis fornecidos pelo Irã que estavam armazenados perto da capital síria aguardando transferência para o grupo guerrilheiro Hezbollah no vizinho Líbano.

A Síria acusou Israel de beligerância destinada a ajudar os rebeldes que lutam contra Assad -- o que foi negado nesta segunda-feira pelo parlamentar israelense Tzachi Hanegbi, um aliado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Entrevistado na Rádio Israel, Hanegbi disse que o governo de Netanyahu teve como objetivo evitar "um aumento da tensão com a Síria, deixando claro que, se houver atividade, é só contra o Hezbollah, e não contra o regime sírio".

Hanegbi observou que Israel não reconheceu formalmente a realização dos ataques e que Netanyahu iniciou uma visita programada para a China, no domingo, para sinalizar que segue com rotina normal.

O governo Assad considerou os ataques aéreos como equivalentes a uma "declaração de guerra" e ameaçou retaliar.

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