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Israel detém navio de ajuda humanitária que tentou chegar à Gaza

Nos navios viajam ativistas de 18 nacionalidades, que têm como objetivo chamar a atenção para o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza

Faixa de Gaza: os navios transportam uma carga avaliada em 10 mil euros (Suhaib Salem/Reuters)

Faixa de Gaza: os navios transportam uma carga avaliada em 10 mil euros (Suhaib Salem/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de julho de 2018 às 12h40.

Última atualização em 30 de julho de 2018 às 10h13.

Cidade de Gaza - A marinha de Israel interceptou neste domingo a embarcação Al Awda, da chamada "Flotilha da Liberdade", composta por três navios com ativistas de diversos países que tentou romper o bloqueio marítimo da Faixa de Gaza, informou o Comitê Internacional para Romper o Bloqueio.

O Al Awda (que significa "O Retorno" em árabe) foi interceptado a cerca de 49 milhas náuticas do litoral de Gaza e escoltado pela marinha de Israel ao porto israelense de Ashkelon.

Os outros dois navios da flotilha, o Freedom (Liberdade em inglês) e o Falestine (Palestina), ainda se encontram a várias horas de distância da região onde aconteceu a interceptação.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) confirmaram que a embarcação foi interceptada "de acordo com a lei internacional" e "sem eventos excepcionais", após zarpar da Europa "para violar o bloqueio marítimo legítimo imposto na Faixa de Gaza".

Segundo as IDF, os passageiros do navio foram esclarecidos que "qualquer mercadoria humanitária pode ser transferida para Gaza através do porto de Ashdod".

Os navios transportam uma carga avaliada em 10 mil euros, que consiste de material médico de emergência, "coisas básicas como gazes, suturas e analgésicos", explicou ontem à Agência Efe uma das ativistas, a espanhola Lucía Mazarrasa, a bordo do Al Awda, uma embarcação de bandeira norueguesa que também seria um presente para os pescadores de Gaza.

Por experiências anteriores, os viajantes sabiam que seriam interceptados pela marinha israelense antes de alcançarem a costa.

Nos navios viajam ativistas de 18 nacionalidades, que têm como objetivo chamar a atenção da comunidade internacional para o bloqueio que Israel submete à Faixa de Gaza desde que o movimento islamita palestino Hamas tomou o poder no território em 2007, após expulsar as forças vinculadas ao movimento nacionalista Al Fatah, que é liderado pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

As embarcações zarparam da Escandinávia em meados de maio e, desde então, atracaram em 28 portos para exigir que Israel ponha fim ao bloqueio de 12 anos sobre Gaza e permita a abertura de seu porto.

A chamada "Flotilha da Liberdade" desafiou o bloqueio com aproximadamente 20 barcos nos últimos oito anos, graças ao financiamento de doações particulares em 14 países.

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