Mundo

Israel critica ONU pela resolução por trégua no conflito e diz que texto é 'perigoso'

Entre os principais pontos condenados pelo embaixador israelense estão a ausência de críticas ao Hamas e a suposta destituição do direito de defesa de Israel na guerra, pelo cessar-fogo

Logo após a votação, o representante criticou decisão de não condenar os ataques do grupo terrorista Hamas (EDUARDO MUNOZ ALVAREZ / GETTY IMAGES NORTH AMERICA //AFP)

Logo após a votação, o representante criticou decisão de não condenar os ataques do grupo terrorista Hamas (EDUARDO MUNOZ ALVAREZ / GETTY IMAGES NORTH AMERICA //AFP)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 27 de outubro de 2023 às 18h18.

Última atualização em 27 de outubro de 2023 às 18h34.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, atacou países que foram favoráveis a resolução que pede cessar-fogo para apoio humanitário em Gaza, aprovada nesta sexta-feira na Assembleia Geral da ONU.

Logo após a votação, o representante criticou decisão de não condenar os ataques do grupo terrorista Hamas, com quem Israel vive confronto que se arrasta há 21 dias, e chamou o texto aprovado de "perigoso" e "ridículo". O documento aprovado, porém, tem caráter recomendativo, o que significa que não há obrigatoriedade em seguir os pontos acordados.

"Hoje é um dia que vai ser lembrado como infame. As Nações Unidas não têm um pingo de legitimidade e relevância. Essa organização foi fundada no contexto do Holocausto para prevenir atrocidades. Ainda assim, o espetáculo que vimos prova, sem sombra de dúvidas, que a ONU se comprometeu, não em prevenir, mas assegurar essas atrocidades", critica Erdan.

Detalhes do texto

Entre os principais pontos condenados pelo embaixador israelense na ONU estão a ausência de críticas ao Hamas na resolução aprovada e a suposta destituição do direito de defesa de Israel na guerra, pelo cessar-fogo. O texto passou no colegiado por 120 votos favoráveis ante 14 contrários e 45 abstenções.

"Essa resolução ridícula tem a audácia de pedir uma trégua. O objetivo desse cessar-fogo é que Israel deve deixar de se defender para que o Hamas possa atacar com tudo", afirma o embaixador israelense. "Hoje, a maioria da comunidade internacional mostrou que prefere apoiar a defesa de terroristas nazistas, ao invés do direito de autodefesa de Israel".

A discussão, que definiu uma trégua para que a ajuda humanitária possa entrar em Gaza, foi levada por países árabes à Assembleia Geral depois de uma série de impasses na votação de documentos apresentados no Conselho de Segurança, único órgão que apresenta proposta de caráter mandatório.

Acompanhe tudo sobre:HamasIsraelONUFaixa de Gaza

Mais de Mundo

Argentina conclui obra-chave para levar gás ao centro-norte do país e ao Brasil

MP da Argentina pede convocação de Fernández para depor em caso de violência de gênero

Exército anuncia novas ordens de alistamento para judeus ultraortodoxos em Israel

Eleição nos EUA: país reforça segurança de trabalhadores e das urnas