Agência de Notícias
Publicado em 27 de julho de 2025 às 13h03.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou neste domingo que a Marinha interceptou o Handala, o segundo navio que parte para a Faixa de Gaza com ajuda humanitária nos últimos dois meses, em uma tentativa de romper o bloqueio imposto pelo Estado judeu ao enclave palestino.
“A Marinha israelense impediu que o navio Navarn (nome oficial de registro) entrasse ilegalmente na zona marítima da costa de Gaza”, indicou o ministério em sua conta na rede social X.
“O navio está se dirigindo sem problemas para a costa israelense e todos os passageiros estão seguros”, acrescentou o comunicado, que também alertou que “as tentativas não autorizadas de violar o bloqueio são perigosas, ilegais e prejudicam os esforços humanitários em andamento”.
A confirmação oficial ocorreu depois que a coalizão pró-palestina Flotilha da Liberdade denunciou em sua conta no X que as Forças de Defesa de Israel interceptaram o Handala após a meia-noite de sábado para domingo, quando se dirigia para Gaza.
De acordo com a organização, às 23h43, hora local, de sábado, as forças israelenses desligaram as câmeras instaladas a bordo do navio, que transmitiam ao vivo, e desde então toda a comunicação com a embarcação foi perdida.
A organização palestina Adala, que representa legalmente o grupo em Israel, afirmou neste domingo que o Handala não entrou em águas territoriais israelenses nem tinha intenção de fazê-lo.
“O barco se dirigia às águas territoriais do Estado da Palestina, conforme reconhecido pelo direito internacional. Israel não tem jurisdição nem autoridade legal sobre as águas internacionais pelas quais a embarcação navegava”, afirmou a ONG.
A bordo do Handala viajavam 21 pessoas de 12 países diferentes: seis americanos, quatro franceses, dois italianos, dois espanhóis, dois australianos, um norueguês, um tunisiano, uma cidadã franco-britânica, um marroquino e um iraquiano-americano.
No dia 9 de junho, outro navio da Flotilha da Liberdade, o Madleen, foi abordado em águas internacionais por Israel, que deteve todos os seus tripulantes, entre os quais se encontrava a ativista Greta Thunberg.