Agência de Notícias
Publicado em 31 de julho de 2025 às 16h56.
Última atualização em 31 de julho de 2025 às 17h03.
Israel lançou, nesta quinta-feira, 31, uma série de bombardeios contra áreas no Vale do Bekaa, no leste do Líbano, horas após o presidente libanês, Joseph Aoun, pedir publicamente para o grupo xiita Hezbollah se desarmar.
Diferentes regiões do leste do país foram atingidas pelos ataques israelenses, incluindo os arredores da localidade de Brital e uma área situada entre Nasiriyah e Tallet al Sandouk, informou a Agência Nacional de Notícias do Líbano (ANN).
Entre as infraestruturas do Hezbollah no Líbano atacadas por Israel está "a maior fábrica de produção de mísseis de precisão" da organização, de acordo com o ministro da Defesa israelense, Israel Katz.
"O Exército está atacando agressivamente a infraestrutura terrorista da organização Hezbollah no Líbano, incluindo a maior fábrica de produção de mísseis de precisão", afirmou.
A fábrica já havia sido atacada pela aviação israelense, mas o ministro garantiu que o grupo xiita tentava reabilitá-la.
"Qualquer tentativa da organização terrorista de se reabilitar, restabelecer ou ameaçar será respondida com força implacável", declarou o chefe da Defesa.
Há duas semanas, outra onda de bombardeios similar contra o Vale do Bekaa causou a morte de 12 pessoas e feriu várias outras, nas piores ações contra o território libanês desde que um acordo de cessar-fogo entre os dois países entrou em vigor em novembro do ano passado.
Apesar da interrupção das hostilidades, Israel tem continuado atacando o Líbano com bombardeios que geralmente se concentram no sul da nação e que frequentemente alegam ter como alvo membros do Hezbollah ou infraestrutura pertencente ao movimento.
A onda de ataques de hoje ocorreu depois que Aoun pediu à formação xiita que se desarme e aposte "unicamente" no Estado libanês, em cujas mãos pretendem que se concentre todo o armamento do país após a guerra do ano passado com Israel.
"Meu apelo àqueles que enfrentaram a agressão [israelense] e à sua nobre comunidade nacional é que depositem sua confiança unicamente no Estado libanês, porque, caso contrário, seus sacrifícios serão em vão e, com eles, os do Estado ou o que restar dele", sentenciou o mandatário libanês.