Israel ocupou Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental na guerra de 1967, territórios que os palestinos reivindicam como parte integral de seu estado (REUTERS/Ronen Zvulun)
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2015 às 10h12.
Jerusalém - Israel autorizou nesta terça-feira a entrada de um número limitado de veículos com placas palestinas procedentes da Cisjordânia em seu território, medida adotada pela primeira vez em 15 anos, informaram as autoridades israelenses.
O Coordenador das Atividades nos Territórios palestinos (COGAT), organismo do Ministério da Defesa israelense, Yoav Mordejai, aprovou que médicos e técnicos que realizam plantão e tarefas de responsabilidade em hospitais de Israel possam entrar no país com seus respectivos veículos.
Em um comunicado, o coordenador disse que a permissão de deslocamento começava a partir de hoje, e ressaltou que se trata da primeira ocasião desde 2000 que os carros palestinos podem entrar em Israel.
"Trata-se de um passo significativo para ajudar os médicos no desempenho de seu trabalho para salvar vidas", afirmou na nota do órgão David Menachem, responsável da Administração Civil, organismo responsável pelos assuntos civis nos territórios palestinos ocupados.
Maaruf Zahran, vice-ministro de Assuntos Civis da Autoridade Nacional Palestina (ANP), confirmou em um comunicado que as autoridades israelenses permitiam hoje o acesso de veículos palestinos procedentes da Cisjordânia.
O dirigente da ANP frisou que Israel prometeu recentemente relaxar as medidas restritivas contra os palestinos para melhorar sua situação econômica e facilitar o fluxo comercial na Cisjordânia.
Há duas semanas, as autoridades israelenses permitiram que homens palestinos maiores de 55 anos e mulheres acima dos 50 pudessem se deslocar para Jerusalém da Cisjordânia sem a necessidade de permissões especiais.
Os moradores da Faixa de Gaza não desfrutarão destas medidas e necessitam uma autorização prévia.
Israel ocupou Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental na guerra de 1967, territórios que os palestinos reivindicam como parte integral de seu estado.