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Israel ataca líderes do Hamas em Doha, no Catar, durante negociações de cessar-fogo

Bombardeio por parte de Israel em Doha ocorreu enquanto delegação do Hamas discutia proposta de cessar-fogo mediada pelos EUA

Ataque em Doha: explosões atingem áreas residenciais no Catar em operação israelense contra líderes do Hamas (Ali Altunkaya/Anadolu via Getty Images)

Ataque em Doha: explosões atingem áreas residenciais no Catar em operação israelense contra líderes do Hamas (Ali Altunkaya/Anadolu via Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 11h31.

Última atualização em 9 de setembro de 2025 às 11h59.

Israel atacou líderes do Hamas em Doha, capital do Catar nesta terça-feira, 9, informaram as Forças Armadas israelenses e o governo catari.

"O Exército israelense e o Shin Bet (agência israelense de segurança interna) realizaram um bombardeio direcionado contra líderes de alto escalão da organização terrorista Hamas", disseram as Forças Armadas, sem especificar onde o ataque ocorreu.

Um jornalista da AFP constatou que um complexo do Hamas no Catar foi atacado. O governo do Catar alegou que o ataque teve como alvo as residências de líderes do Hamas e o chamou de "covarde".

Uma autoridade do Hamas em Gaza disse, sob condição de anonimato, que Israel atacou a delegação de negociação do movimento islamista "enquanto ela discutia a proposta do presidente [americano] Donald Trump para um cessar-fogo na Faixa de Gaza".

Por que Israel atacou Doha?

Ao justificar o ataque, o Exército israelense afirmou que "por anos, esses membros da liderança do Hamas dirigiram as operações da organização terrorista, são diretamente responsáveis pelo massacre brutal de 7 de outubro e orquestraram e administraram a guerra contra o Estado de Israel".

Na semana passada, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou o início das negociações para a libertação de todos os reféns, poucos dias após o Hamas aprovar uma nova proposta de cessar-fogo apresentada pelos mediadores (Egito, Catar e Estados Unidos).

Segundo fontes palestinas, a proposta prevê a libertação gradual dos reféns durante uma trégua inicial de 60 dias, em troca de prisioneiros palestinos mantidos por Israel.

Ao mesmo tempo, Netanyahu deu sinal verde para uma nova ofensiva militar para tomar o controle da Cidade de Gaza, que Israel considera um dos últimos redutos do movimento islamista palestino.

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