Mundo

Israel ataca Gaza após disparo de foguete palestino

O Exército hebreu confirmou ter atacado "quatro infraestruturas terroristas no sul da Faixa de Gaza" como represália

Cratera é formada por um ataque israelense perto da cidade palestina de Rafah, na Faixa de Gaza (AFP/ SAID KHATIB)

Cratera é formada por um ataque israelense perto da cidade palestina de Rafah, na Faixa de Gaza (AFP/ SAID KHATIB)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2015 às 12h13.

Gaza - Aviões de Israel realizaram quatro ataques contra a Faixa de Gaza na manhã desta quarta-feira, informaram testemunhas, horas após o disparo de um foguete do enclave palestino.

A aviação israelense atacou campos de treinamento da Jihad Islâmica em Rafah, Khan Yunis e na cidade de Gaza, segundo as testemunhas, que não relataram vítimas.

Um foguete lançado por militantes palestinos da Faixa de Gaza atingiu o sul de Israel na terça-feira, sem deixar vítimas.

O Exército hebreu confirmou ter atacado "quatro infraestruturas terroristas no sul da Faixa de Gaza" como represália ao disparo do foguete.

"O fato de o território do Hamas ser utilizado como base de retaguarda para atacar Israel é inaceitável, intolerável e terá consequências", declarou o tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz militar israelense.

O movimento islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, não reivindicou o ataque.

O ministro israelense da Defesa, Moshe Yaalon, fez uma advertência ao Hamas e atribuiu o ataque à Jihad Islâmica.

"Israel não vai ficar de braços cruzados depois dos disparos de ontem contra seus cidadãos por parte da Jihad Islâmica. Consideramos o Hamas responsável pelos disparos a partir da Faixa de Gaza e não vamos tolerar nenhuma ameaça contra os habitantes do sul (de Israel)", declarou Yaalon.

"Sem tranquilidade em Israel, a Faixa de Gaza pagará um preço muito alto, tão alto que qualquer um que nos provocar vai lamentar. Não aconselho ninguém a nos testar", completou o ministro.

O foguete de terça-feira é o terceiro lançado da Faixa de Gaza desde a entrada em vigor do cessar-fogo que encerrou 50 dias de guerra no enclave palestino em 2014, após a morte de quase 2.200 palestinos - a maioria civis - e de 73 israelenses, sendo 67 militares.

A incursão de Israel desta quarta-feira é a terceira desde o final da guerra em Gaza de 2014. No mês passado, tanques israelenses abriram fogo contra uma posição do Hamas após um disparo de foguete.

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseFaixa de GazaIsraelPalestina

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA