Publicado em 30 de julho de 2024 às 14h30.
Última atualização em 30 de julho de 2024 às 14h47.
Israel atacou Beirute, a capital do Líbano, nesta terça-feira, 30. Em nota no X, as Forças de Defesa de Israel (IDF, em inglês) confirmaram um "ataque direcionado em Beirute, contra o comandante responsável pelo assassinato das crianças em Majdal Shams e pela morte de vários outros civis israelenses". "No momento, não há mudanças na defesa do Comando do Front Interno", informou o perfil no X da IDF.
Segundo a Agência EFE, uma explosão sacudiu os subúrbios ao sul de Beirute conhecidos como Dahye, um importante reduto do grupo xiita libanês Hezbollah.
Nos últimos dias, o Oriente Médio tem sido palco de uma crescente tensão entre Israel e o grupo armado Hezbollah, situação que atingiu um novo pico de preocupação internacional após um ataque mortal nas Colinas de Golã. O grupo nega participação no ataque contra Israel.
No começo da tarde desta terça-feira, a IDF postou também que "parece não haver fim para a dedicação do Hezbollah em aterrorizar os civis que vivem no norte de Israel". "Hoje, aproximadamente 10 projéteis foram lançados do Líbano para o norte de Israel, e o ataque deixou um civil morto", diz o post. "Apenas alguns dias após o massacre de Majdal Shams que tirou a vida de 12 crianças inocentes, o Hezbollah mais uma vez prova que não demonstra remorso."
No domingo, 28, o exército israelense anunciou que havia realizado ataques noturnos contra o Líbano, horas depois que um foguete disparado do país ao norte matou pelo menos 12 pessoas, a maioria crianças e jovens, na cidade de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, controladas por Israel.
Autoridades do Estado judeu culparam o Hezbollah pelo ataque, e afirmaram que o movimento cruzou "todas as linhas vermelhas", à medida que o grupo libanês nega ter ordenado o bombardeio.
A recente escalada de violência, que resultou na morte de 12 crianças e adolescentes, levou a uma série de cancelamentos e atrasos de voos para Beirute, capital do Líbano. Companhias aéreas internacionais, preocupadas com a segurança de seus passageiros e tripulações, decidiram suspender suas operações para a região em resposta aos riscos crescentes.
Em junho, o exército israelense afirmara ter "aprovado e validado" planos para uma possível ofensiva no Líbano, coincidindo com um aumento dos confrontos com o movimento Hezbollah e com uma relativa calma nos combates em Gaza.