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Israel aprova construção de mil casas em colônias na Cisjordânia

Alto Comitê de Planejamento da Administração Civil aprovou um total de 1.122 casas em 20 colônias

Assentamentos na Cisjordânia: mais da metade das casas aprovadas pertencem a assentamentos fora dos principais blocos de colônias (Gali Tibbon/AFP/AFP)

Assentamentos na Cisjordânia: mais da metade das casas aprovadas pertencem a assentamentos fora dos principais blocos de colônias (Gali Tibbon/AFP/AFP)

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EFE

Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 08h56.

Última atualização em 11 de janeiro de 2018 às 08h58.

Jerusalém - As autoridades de Israel aprovaram a construção de mais de mil casas em assentamentos no território palestino ocupado da Cisjordânia, informou nesta quinta-feira a ONG israelense Paz Agora.

O Alto Comitê de Planejamento da Administração Civil (que pertence ao organismo militar israelense que administra a ocupação dos territórios palestinos) aprovou um total de 1.122 casas em 20 colônias e esta manhã publicou um edital público para a construção de outras 651 unidades, informou a organização em comunicado.

Mais da metade das casas aprovadas pertencem a assentamentos fora dos principais blocos de colônias, que em vários processos de paz se contemplou que ficariam dentro das fronteiras de Israel através de trocas de território com os palestinos.

Israel poderia aprovar novas construções em breve, já que o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, anunciou que seriam aprovadas 2.490, entre as quais estariam incluídas as que receberam ontem sinal verde.

"O Governo está tentando destruir a possibilidade de uma solução de dois estados e as perspectivas de paz ao construir mais e mais nos assentamentos. Esta agenda é contrária ao interesse nacional de Israel e aos interesses de qualquer um que busque um futuro pacífico para a região", afirmou a Paz Agora.

Israel considera legítimo construir nos assentamentos em território ocupado quando se trate de terras públicas e não privadas, mas as colônias são ilegais para a legislação internacional e a comunidade internacional vê nelas e na sua ampliação um dos principais obstáculos para um acordo de paz entre palestinos e israelenses.

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