Acampamento beduíno entre Jerusalém e Maaleh Adumim, na Cisjordânia: para a comunidade internacional, a ocupação e anexação de Jerusalém Oriental em 1967 é ilegal (Menahem Kahana/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 07h50.
Jerusalém - Novos projetos de construção nos bairros de colonização de Jerusalém Oriental ocupada e anexada estão prestes a ser aprovados, destacou a associação anticolonização israelense A Paz Agora.
"A comissão de planejamento do distrito de Jerusalém examinará hoje (terça-feira) dois projetos que preveem respectivamente a construção de 549 e 813 casas no bairro (de colonização) de Givat Hamatos", declarou à AFP Hagit Ofran, especialista em assentamentos.
Na quarta-feira, as autoridades municipais aprovarão em definitivo outro projeto de construção de 2.610 alojamentos em Givat Hamatos, completou.
E na quinta-feira, a comissão de planejamento do distrito de Jerusalém se reunirá de novo para examinar a construção de 1.100 casas adicionais no bairro de colonização de Gilo, ao sul da cidade sagrada, destacou Ofran.
Também de acordo com A Paz Agora, a mesma comissão se reunirá em 7 de janeiro para estudar o início das obras de mil quartos de hotel em Givat Hamatos.
Na segunda-feira, o ministério do Interior israelense autorizou a polêmica construção de 1.500 residências em Ramat Shlomo, um bairro de colonização em Jerusalém Oriental, um projeto que o governo dos Estados Unidos condenou em 2010.
Israel considera Jerusalém sua capital "única e indivisível". Mas para a comunidade internacional, a ocupação e anexação de Jerusalém Oriental em 1967 é ilegal.
Os palestinos querem estabelecer a capital de seu futuro Estado em Jerusalém Oriental.
Quase 340.000 israelenses vivem nas colônias da Cisjordânia ocupada. Outros 200.000 moram em bairros de colonização em Jerusalém Oriental, onde vivem mais de 270.000 palestinos.