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Israel anuncia expansão de assentamento após libertar presos

Israel anunciou seus planos para expandir um assentamento judaico e estabelecer um novo parque nacional, horas após ter libertado 26 presos palestinos


	Palestino observa expansão dos assentamentos israelenses: Ministério do Interior revelou o projeto para construir 1.5000 imóveis em assentamento
 (©AFP / Abbas Momani)

Palestino observa expansão dos assentamentos israelenses: Ministério do Interior revelou o projeto para construir 1.5000 imóveis em assentamento (©AFP / Abbas Momani)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 09h01.

Jerusalém - Israel anunciou nesta quarta-feira seus planos para expandir um assentamento judaico em Jerusalém Oriental e estabelecer um novo parque nacional em território ocupado na cidade, horas após ter libertado 26 presos palestinos.

O Ministério do Interior revelou o projeto para construir 1.500 unidades de imóvel na colônia de Ramat Shlomo, próximo a Jerusalém, e o estabelecimento do parque no Monte Scopus, também na zona oriental da cidade, segundo o site "Ynet".

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o titular do Interior, Gideon Sa"ar, aprovaram recentemente quatro projetos de construção em diferentes pontos de Jerusalém, um deles o de Ramat Shlomo, que Israel considera um bairro da cidade, apesar de estar situado em território ocupado em 1967.

O plano para o estabelecimento do parque nacional em uma ladeira divisória ao campus da Universidade Hebraica, no Monte Scopus, suscita enorme controvérsia pois impedirá de fato os planos de expansão de duas povoações palestinas vizinhas.

Além disso, segundo um grupo de arqueólogos, o local precisa de um documento para para ser declarado zona protegida, o que corresponde a considerações políticas.

Em agosto, foi revelado o projeto para ampliar o assentamento judaico de Ramat Shlomo ao receber o financiamento necessário para seguir adiante e no final de julho foi retomado o processo de paz entre israelenses e palestinos.


O lançamento do projeto durante uma visita do vice-presidente dos EUA, Joe Biden, em 2010, à zona suscitou uma crise diplomática entre Israel e seu principal aliado no mundo.

Na madrugada passada, Israel libertou 26 presos palestinos, 21 dos quais foram recebidos com honras na Cisjordânia, e os cinco restantes na Faixa de Gaza.

Na cidade cisjordaniana de Ramala cerca de 2 mil pessoas se concentraram para dar as boas-vindas, entre eles, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que prometeu continuar os esforços para libertar aos cerca de cinco mil prisioneiros palestinos em prisões de Israel.

"Não haverá um acordo com Israel inclusive se houver um só preso atrás das grades", afirmou Abbas durante a cerimônia oficial de recepção dos presos realizada na Muqata, a sede governamental de Ramala.

O Governo da ANP rejeitou ontem as "medidas enganosas e instigadoras" de Israel destinadas a libertar palestinos em troca de construir mais casas nos assentamentos judaicos, depois que na quinta-feira uma fonte oficial israelense não identificada antecipou novos planos de construção em colônias.

O gabinete do primeiro-ministro, Rami Hamdalah, condenou que "a libertação de presos de prisões da ocupação" se faça a conta de "a construção de unidades em assentamentos da Cisjordânia e Jerusalém Oriental".

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