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Israel anuncia construção de tubulação para enviar água do Egito à Faixa de Gaza

Praias de Mawasi constituem um importante núcleo de deslocados na Faixa de Gaza, onde centenas de milhares de pessoas se amontoam em tendas em condições humanitárias precárias

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 27 de julho de 2025 às 11h03.

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O Cogat, órgão militar israelense responsável pelos assuntos civis nos territórios ocupados, anunciou neste domingo a chegada ao Egito dos equipamentos que, nos próximos dias, serão utilizados para construir uma tubulação que levará água deste país até Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.

“Hoje (domingo), representantes dos Emirados Árabes começaram a transferir equipamentos para o projeto do Egito, sob supervisão e após uma inspeção de segurança exaustiva, através da passagem fronteiriça de Kerem Shalom. A construção da tubulação começará nos próximos dias e deve continuar por várias semanas”, informou o anúncio do Cogat.

Esse braço militar assegurou que a decisão das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), que seguiu as diretrizes do governo, de aprovar a proposta dos Emirados para construir a tubulação foi tomada “há semanas”.

A tubulação irá de uma estação de dessalinização egípcia, que as autoridades israelenses não especificaram, até Mawasi através da costa.

As praias de Mawasi constituem um importante núcleo de deslocados na Faixa de Gaza (cerca de 90% da população, segundo a ONU), onde centenas de milhares de pessoas se amontoam em tendas em condições humanitárias precárias.

As organizações internacionais que operam na zona destacam a escassez de água potável, tanto para beber como para uso higiênico.

As IDF estimam que a tubulação abastecerá cerca de 600 mil pessoas na área de Mawasi.

No final de junho, a ONU calculava em aproximadamente 425 mil o número de pessoas refugiadas nessa região, mas ao longo do mesmo mês uma nova onda de deslocados chegou à área depois que as IDF ordenaram a evacuação das praias de Deir al Balah (centro), onde também viviam milhares de pessoas.

O anúncio das forças armadas ocorre pouco depois de também terem autorizado a retomada dos lançamentos aéreos de ajuda humanitária ao enclave.

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