Mundo

Israel ameaça liberar disparos em palestino que jogar pedras

Até segunda ordem, os soldados de Israel que enfrentarem protestos violentos de palestinos podem abrir fogo somente sob risco de morte


	Benjamin Netanyahu: “Já que o sistema de Justiça considera difícil lidar com menores que atiram pedras, serão estudadas mudanças nas ordens de se abrir fogo contra aqueles que atiram pedras ou coqueteis molotov"
 (Sebastian Scheiner/AFP)

Benjamin Netanyahu: “Já que o sistema de Justiça considera difícil lidar com menores que atiram pedras, serão estudadas mudanças nas ordens de se abrir fogo contra aqueles que atiram pedras ou coqueteis molotov" (Sebastian Scheiner/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2015 às 13h23.

Jerusalém - Israel está cogitando ampliar autorização para que suas forças de segurança atirem em jovens palestinos que as agridem com pedras, informou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta quarta-feira.

Até segunda ordem, os soldados de Israel que enfrentarem protestos violentos de palestinos podem abrir fogo somente sob risco de morte. Isso na prática proíbe disparos contra agressores que fogem depois de atirar pedras ou coqueteis molotov.

Mas depois de uma reunião com vários ministros de governo e chefes de segurança para discutir o aumento das agressões com pedras em Jerusalém e na Cisjordânia, Netanyahu insinuou que as regras podem ser alteradas.

“Já que o sistema de Justiça considera difícil lidar com menores que atiram pedras, serão estudadas mudanças nas ordens de se abrir fogo contra aqueles que atiram pedras ou coqueteis molotov”, disse o escritório do premiê em comunicado.

Netanyahu afirmou ainda que a política de seu governo é de “tolerância zero com a agressão com pedras e tolerância zero com o terror”.

Wasel Abu Youssef, mebro do comitê executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), criticou a possível nova política.

“Este governo israelense fanático de direita está buscando uma política criminosa para matar palestinos. Os novos regulamentos significariam mais escalada (da violência), assassinatos e crimes contra nosso povo”, disse à Reuters.

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseIsraelPalestina

Mais de Mundo

EXCLUSIVO: Kamala tem 48% e Trump soma 46% em Michigan, mostra pesquisa EXAME/Ideia

Por que as inundações na Espanha deixaram tantos mortos?

Autoridades venezuelanas intensificam provocações ao governo Lula após veto no Brics

Projeto de energias renováveis no Deserto de Taclamacã recebe aporte bilionário da China