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Israel afirma que não busca 'escalada ampla' após ataque a Beirute

Segundo Israel, ação matou 10 comandantes da milícia xiita libanesa, que lançou mais de 200 foguetes contra o território israelense em resposta

Moradores se reúnem diante de prédio atacado em bombardeio israelense em Beirute (Divulgação/AFP)

Moradores se reúnem diante de prédio atacado em bombardeio israelense em Beirute (Divulgação/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 20 de setembro de 2024 às 15h56.

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O Exército israelense assegurou, nesta sexta-feira, que não tem a intenção de aumentar as tensões no Oriente Médio, após realizar um bombardeio nos subúrbios de Beirute que, segundo Israel, matou 10 comandantes do Hezbollah, incluindo um chefe do alto escalão militar. Em resposta, o movimento xiita libanês lançou mais de 200 foguetes a áreas no norte de Israel.

— Não estamos buscando uma escalada ampla na região. Estamos operando de acordo com os objetivos definidos [da guerra] e continuaremos a fazê-lo — declarou o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, em coletiva de imprensa.

Por outro lado, a Embaixada do Irã no Líbano condenou a “loucura israelense”, alertando para os limites cruzados da ação ao mirar áreas residenciais. Segundo o Ministério da Saúde libanês, 12 pessoas morreram, incluindo duas crianças, e 66 ficaram feridas ao todo.

“Condenamos com veemência a loucura e a arrogância israelenses que ultrapassaram todos os limites ao atingir áreas residenciais nos subúrbios ao sul de Beirute”, publicou a embaixada no site X nesta sexta-feira.

O bombardeio desta sexta teria ocorrido enquanto integrantes da organização paramilitar libanesa estavam reunidos para um encontro do “conselho de guerra”, um dia após o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, prometer uma “resposta apropriada” pelos ataques contra pagers e walkie-talkies usados pelo grupo nesta semana, atribuídos a Israel.

A ONU declarou-se "muito preocupada" com a situação no Líbano, instando uma "desescalada" e "moderação máxima" das partes, segundo declarações do porta-voz do secretário-geral, António Guterres.

— Estamos muito preocupados com a intensificação em torno da linha azul, incluindo o bombardeio mortal de hoje (sexta-feira) em Beirute. Pedimos a todas as partes a desescalada imediata. Todos devem mostrar moderação máxima — disse à imprensa o porta-voz Stéphane Dujarric.

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