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Israel admite que não pode impedir palestinos de pedir adesão à ONU

Ministro israelense afirmou que Israel é "ilha de democracia em oceano islamita"

Ministro israelense sem pasta Yosi Peled considerou possível a retomada do processo de paz entre Israel e palestinos (Arquivo/AFP)

Ministro israelense sem pasta Yosi Peled considerou possível a retomada do processo de paz entre Israel e palestinos (Arquivo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2011 às 13h12.

Jerusalém - Israel não pode impedir a solicitação de adesão de um Estado palestino à ONU, admitiu neste sábado o ministro israelense sem pasta Yosi Peled, que no entanto considerou possível a retomada do processo de paz.

"Infelizmente, Israel não tem meios para impedir que os palestinos solicitem a adesão de seu Estado à ONU e é impossível detê-los", declarou à rádio estatal israelense Peled, do partido Likud.

"Mas esta iniciativa enfrentará sem dúvida a rejeição do Conselho de Segurança e nos restará uma margem de manobra para negociar", completou.

"Israel não pode resignar-se ao sentimento de impotência e deve fazer prevalecer que a solução de dois Estados para dois povos tem que ser alcançada pela via de negociações diretas", disse o ministro.

Ao ser questionado sobre um eventual agravamento da situação de segurança como consequência da iniciativa palestina, Peled afirmou que "Israel é uma ilha de democracia em um oceano islamita e deve dar provas de sabedoria mantendo olhos e ouvidos abertos".

O presidente palestino Mahmud Abbas reafirmou na sexta-feira a determinação de apresentar uma solicitação de adesão de um Estado da Palestina na ONU.

Neste sábado, a União Europeia (UE) pediu uma "solução construtiva" para reativar as negociações de paz entre israelenses e palestinos.

"Continuamos acreditando que uma solução construtiva que possa reunir o maior apoio possível e que permita uma retomada das negociações de paz seria o melhor e o único meio para alcançar a paz e alcançar uma solução de dois Estados como deseja o povo palestino", disse Maja Kocijancik, porta-voz da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.

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