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Islândia cria memorial para geleira que derreteu

"Todas as nossas geleiras devem seguir o mesmo caminho", diz a placa que marca a primeira geleira a desaparecer como consequência das mudanças climáticas

Gelo derrete: Aquecimento global está reduzindo geleiras na Islândia, país conhecido como "Terra do Gelo e do Gofo", por conta de suas geleiras e seus vulcões (Thibault Camus/Pool/Reuters)

Gelo derrete: Aquecimento global está reduzindo geleiras na Islândia, país conhecido como "Terra do Gelo e do Gofo", por conta de suas geleiras e seus vulcões (Thibault Camus/Pool/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de julho de 2019 às 17h34.

Roma — A primeira geleira da Islândia que desapareceu devido à elevação das temperaturas deve ser lembrada com uma homenagem que terá um alerta sombrio sobre o impacto da mudança climática se o mundo não agir a tempo.

"Nos próximos 200 anos, todas as nossas geleiras devem seguir o mesmo caminho", diz uma placa que será colocada no mês que vem perto de Okjokull, também conhecida como Geleira Ok, até desaparecer em 2014.

"Este monumento é para reconhecer que sabemos o que está acontecendo e o que precisa ser feito. Só vocês sabem se o fizemos", diz o texto em inglês e islandês, sob as palavras "Uma carta para o futuro".

Os islandeses chamam seu país de "Terra do Fogo e do Gelo" pela paisagem de vulcões e geleiras, imortalizadas na literatura. Mas as geleiras estão derretendo, e os cientistas afirmam que as temperaturas globais em elevação são as culpadas.

"Este será o primeiro monumento a uma geleira perdida pela mudança climática em qualquer parte do mundo", disse a antropóloga Cymene Howe, da Universidade Rice, em Houston, que fez um documentário de 2018 sobre o desaparecimento da geleira.

"Ao registrar o desaparecimento de Ok, esperamos chamar a atenção para o que está sendo perdido enquanto as geleiras da Terra somem."

O derretimento das geleiras é um prenúncio das mudanças profundas nos padrões climáticos da Islândia, fluxos de água, flora e fauna, de acordo com serviço meteorológico islandês.

"Com este memorial, queremos ressaltar que cabe a nós, os que estamos vivos, responder coletivamente ao rápido desaparecimento de geleiras e aos impactos contínuos da mudança climática", disse Howe em um comunicado anunciando o memorial, que será inaugurado no dia 18 de agosto.

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