Mundo

Islamitas shebab fecham 16 ONGs e agências da ONU

Os insurgentes acusam essas instituições de "atividades ilegais" na Somália e ameaçaram proibir qualquer outra organização que não respeitar suas regras

Em 2009, os insurgentes já haviam obrigado a ONGs estrangeiras e agências da ONU a evacuar as zonas sob seu controle
 (Abdurashid Abdulle/AFP)

Em 2009, os insurgentes já haviam obrigado a ONGs estrangeiras e agências da ONU a evacuar as zonas sob seu controle (Abdurashid Abdulle/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 09h50.

Mogadiscio - Os insurgentes islamitas shebab confirmaram nesta segunda-feira o fechamento de 16 ONGs e agências humanitárias da ONU acusadas de "atividades ilegais" na Somália e ameaçaram proibir qualquer outra organização que não respeitar suas regras.

Seis agências da ONU estão na mira dos shebab: o Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR), a Organização Mundial para a Saúde (OMS), o Fundo para a Infância (Unicef), o Fundo para a População (Unfpa), a Agência para os Serviços de Apoio a Projetos (Unops) e o Centro de Análises para a Segurança Alimentar (FSNAU).

As ONGs são a Action contre la faim (ACF), Norwegian Refugee Council (NRC), Danish Refugee Council (DRC), Concern, Norwegian Church Aid (NCA), Cooperazione Internazionale (COOPI), Swedish African Welfare Alliance (SAWA), a agência de cooperação alemã GIZ (ex-GTZ), Solidarity et Saacid.

Pouco antes, testemunhas e uma fonte de segurança regional falaram de invasões coordenadas dos escritórios das ONGS nesta segunda-feira em várias cidades do centro e do sul da Somália controladas pelos shebab.

Alguns habitantes afirmaram que certas ONGS, como Médicos sem Fronteiras (MSF) e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) não foram afetadas, o que confirma o comunicado dos shebab.

Em 2009, os insurgentes já haviam obrigado a ONGs estrangeiras e agências da ONU a evacuar as zonas sob seu controle, acusando-as de ter objetivos políticos ou de desestabilização do mercado agrícola local.

As agências que permaneceram no país foram submetidas a drásticos controles e restrições que, segundo os funcionários, impedem a distribuição da ajuda crucial para várias milhares de vítimas da crise alimentar.

A Somália, em guerra civil há vinte anos, é o país mais duramente afetado pela recente seca no Chifre da África. Segundo a ONU, três regiões do Sul somali sofrem com a fome, e quase 250.000 pessoas podem morrer.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaONGsONUPolítica

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos