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Islamitas fazem retirada tática e abandonam cidades no Mali

Depois que aviões Rafale franceses bombardearam duramente posições rebeldes no domingo, os jihadistas tinham literalmente desaparecido de Gao


	Soldados franceses em Mali: "Agora estamos livres. Não vi nenhum combatente nesta terça-feira. Abandonaram a cidade e seus líderes estão escondidos", disse um residente
 (AFP/ Eric Feferberg)

Soldados franceses em Mali: "Agora estamos livres. Não vi nenhum combatente nesta terça-feira. Abandonaram a cidade e seus líderes estão escondidos", disse um residente (AFP/ Eric Feferberg)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 06h46.

Bamaco - Grupos islamitas atingidos por ataques aéreos franceses abandonaram a maioria das cidades que controlavam no norte do Mali, informaram testemunhas locais, em uma iniciativa que o porta-voz dos grupos rebeldes definiu como uma "retirada tática".

Depois que aviões Rafale franceses bombardearam duramente posições rebeldes no domingo, os jihadistas tinham literalmente desaparecido de Gao, uma das principais cidades do norte de Mali e que havia caído sob controle rebelde em abril do ano passado.

"Agora estamos livres. Não vi nenhum combatente nesta terça-feira. Abandonaram a cidade e seus líderes estão escondidos", disse um residente de Gao contatado por telefone de Bamaco, e que falou sob anonimato.

Pouco antes, outras testemunhas e fontes de segurança informaram que pelo menos 60 combatentes islamitas morreram nos bombardeios.

Na cidade de Timbuktu, onde foram registrados os piores abusos por parte dos grupos radicais islamitas, os combatentes tinham fugido inclusive antes de qualquer ataque.

"Os mujahedines se foram, estavam com muito medo", disse um morador da cidade, um tesouro da Humanidade onde os rebeldes destruíram monumentos centenários que consideravam "idólatras".

A força aérea francesa lançou sua ofensiva na sexta-feira, um dia depois de grupos islamitas terem tomado a cidade de Konna para preparar um novo avança para o sul, em direção a Bamaco.

Depois dos ataques franceses a Konna, na sexta-feira, os rebeldes se retiraram de Douentza, a cerca de 800 quilômetros de Bamaco. No entanto, depois que os aviões franceses atacaram Douentza, os rebeldes também desapareceram de lá.

"Estão com medo dos aviões. A última picape carregada de combatentes saiu daqui por volta das 16h00" (14h00 de Brasília), disse uma testemunha.

O porta-voz do grupo rebelde Ansar Dine, Senda Ould Boumama, disse que foi apenas uma "retirada tática", em declarações divulgadas pelo site Alakhbar na Mauritânia.

Os rebeldes também efetuaram uma ofensiva e tomaram a cidade de Diabaly, 400 quilômetros ao Norte de Bamaco, depois de combates com o Exército regular malinense.

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