Mundo

Islamitas classificam de falsos resultados de referendo

Islamitas do Egito declararam o triunfo histórico do boicote ao referendo constitucional no país e a falsidade dos primeiros resultados não oficiais


	Membros da Irmandade Muçulmana protestam no Egito: resultados não oficiais indicam uma participação de 36% da população
 (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Membros da Irmandade Muçulmana protestam no Egito: resultados não oficiais indicam uma participação de 36% da população (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 13h22.

Cairo - Os islamitas do Egito declararam nesta quinta-feira o "triunfo histórico" do boicote ao referendo constitucional no país e a "falsidade" dos primeiros resultados não oficiais já divulgados, que indicam uma participação de 36% da população e vitória do "sim" à Carta Magna com 98% dos votos.

A Aliança para a Defesa da Legitimidade, que engloba a Irmandade Muçulmana e outros grupos afins, afirmou em comunicado que "a vontade do povo triunfou" frente aos que representam a volta do regime do presidente Hosni Mubarak (1981-2011).

"Deixem que riam de si mesmos e realizem festas ilusórias", disse a coalizão diante das celebrações pelo resultado dos partidários do exército, que depôs o presidente islamita Mohammed Mursi com o golpe de Estado de 3 de julho de 2013.

Segundo os primeiros resultados não oficiais divulgados hoje pelo jornal estatal "Al-Ahram", ao redor de 98% dos eleitores aprovou a nova Constituição na consulta, boicotada pela Irmandade Muçulmana, e a participação no processo teria sido de 36%.

A aliança afirmou que os resultados são "números falsas que fazem rir" e que "não vão mudar nada da realidade". Além disso, segundo os islamitas, significam a "volta das mentiras das seis décadas passadas" governadas por militares.

O grupo prometeu continuar sua mobilização contra as atuais autoridades e convocou os jovens a se preparar para uma "nova escalada revolucionária pacífica".

O referendo constitucional foi realizado ontem e terça-feira e durante o processo foram registrados protestos islamitas e alguns atos de violência, que deixaram um saldo de 10 mortos.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoIrmandade MuçulmanaReferendo

Mais de Mundo

Após impor tarifa de 50%, governo Trump inicia investigação comercial contra o Brasil, diz jornal

Trump confirma avanços em negociações comerciais com União Europeia

EUA impedirá que imigrantes peçam liberdade sob fiança em processo de deportação

Trump diz que vai taxar produtos do Brasil em 50% porque 'eu posso'