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Irmãos de Keiko Fujimori são investigados por lavagem de dinheiro

A procuradoria pretende esclarecer o desproporcional aumento de capital da Logística Integral Marítima Andina S . A. (Limasa), propriedade dos 3 irmãos

Keiko Fujimori: segundo o "El Comercio", a Limasa somou um capital de 2 milhões de sóis em 2014, quando em 2009 o capital era de apenas 40 mil sóis (Janine Costa/Reuters)

Keiko Fujimori: segundo o "El Comercio", a Limasa somou um capital de 2 milhões de sóis em 2014, quando em 2009 o capital era de apenas 40 mil sóis (Janine Costa/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 17h24.

Lima - A Procuradoria de Lavagem de Dinheiro do Peru abriu uma investigação contra Hiro e Sachie Fujimori e pediu o levantamento da imunidade parlamentar contra Kenji Fujimori, irmão da líder do partido opositor peruano Fuerza Popular, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

Segundo publica o jornal "El Comercio", a procuradoria pretende esclarecer o desproporcional aumento de capital da empresa Logística Integral Marítima Andina S . A. (Limasa), propriedade dos três irmãos, filhos do ex-presidente Alberto Fujimori, preso por violações aos direitos humanos e corrupção cometidas sob seu mandato (1990-2000).

Esta investigação ocorre depois que em junho uma investigação prévia apontou que o negócio de armazenagem dos Fujimori teve um crescimento desproporcional durante os últimos anos através da capitalização de dívidas com outras empresas também vinculadas à família.

Segundo o "El Comercio", a Limasa somou um capital de 2 milhões de sóis em 2014, quando em 2009 o capital era de apenas 40 mil sóis.

Nesse período, a companhia mudou seu nome para Integrated Global Logistics (IGL) e se tornou sócia da transnacional japonesa de transporte marítimo Sankyo.

A Procuradoria pediu um perito para avaliar a capitalização das dívidas, assim como informação à Unidade de Inteligência Financeira (UIF) sobre as operações dos investigados.

Esta investigação começa em um momento no qual o país está comovido pelas revelações do escândalo Lava Jato, cujas ramificações no Peru atingiram as mais altas entidades do estado.

O ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006), que ganhou a presidência precisamente com uma campanha de denúncia contra a corrupção que imperou durante o governo de Fujimori, se encontra em busca e captura por ter supostamente aceitado propinas da construtora brasileira Odebrecht.

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