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Irmão de Floyd diz ao Congresso que "ele não merecia morrer por US$ 20"

A Câmara dos Deputados realizou a primeira audiência para examinar a injustiça racial e brutalidade policial após a morte do ex-segurança

irmão George Floyd  (Erin Schaff/Pool via/Reuters)

irmão George Floyd (Erin Schaff/Pool via/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de junho de 2020 às 19h20.

Um irmão de George Floyd levou seu pesar à capital dos Estados Unidos nesta quarta-feira com um apelo emocionado para que o Congresso não deixe seu irmão ter morrido em vão, dizendo que "ele não merecia morrer por 20 dólares".

O Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados realizou a primeira audiência no Congresso para examinar a injustiça racial e brutalidade policial, questões subjacentes aos tumultos civis que emergiram depois que Floyd, um homem negro de 46 anos, morreu no dia 25 de maio quando um policial branco da cidade de Mineápolis o sufocou pressionando seu pescoço com um joelho durante quase nove minutos.

A Câmara liderada pelos democratas está delineando uma legislação de reforma abrangente, enquanto os republicanos do Senado trabalham em um plano alternativo.

Floyd, um nativo de Houston que trabalhava como segurança em clubes noturnos, estava desarmado quando foi posto sob custódia diante de um mercado de esquina, onde um empregado relatou que um homem que combinava com sua descrição tentou comprar cigarros com uma nota falsa.

"George não estava fazendo mal a ninguém naquele dia. Ele não merecia morrer por 20 dólares. Estou perguntando a vocês, é isso que um negro vale? 20 dólares? Estamos em 2020. Já chega", disse Philonise Floyd, de 42 anos, de Missouri City, no Texas, perto de Houston, aos parlamentares. "Cabe a vocês fazer com que sua morte não seja em vão."

Ele enterrou o irmão na terça-feira e se comoveu ao dizer na audiência no Congresso que ele e George não tiveram chance de se despedir.

"Estou aqui para pedir a vocês que façam isso acabar. Acabem com a dor."

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