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Irmão de acusado de sequestro espera que apodreça na prisão

"Quero que sofra nesta prisão", disse um dos irmãos do acusado de estuprar e sequestrar três mulheres durante dez anos nos Estados Unidos


	Onil e Pedro Castro se apresentam à Justiça: Pedro e Onil foram presos junto com seu irmão, o acusado Ariel, na segunda-feira, mas foram liberados por falta de provas
 (Matt Sullivan/AFP)

Onil e Pedro Castro se apresentam à Justiça: Pedro e Onil foram presos junto com seu irmão, o acusado Ariel, na segunda-feira, mas foram liberados por falta de provas (Matt Sullivan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 13h48.

Chicago - Os irmãos do americano acusado de estuprar e sequestrar três mulheres que manteve como reféns por uma década disseram que esperam que ele apodreça na prisão, em uma entrevista divulgada nesta segunda-feira.

É "um monstro. Odioso. Espero que apodreça nesta prisão", disse Onil Castro, de 50 anos, irmão do acusado Ariel, em uma entrevista à rede CNN.

"Não quero nem mesmo que tirem sua vida desse jeito", acrescentou, em alusão à possibilidade de que apresentem acusações passíveis da pena de morte. "Quero que sofra nesta prisão".

"Sinto da mesma maneira", disse o outro irmão, Pedro Castro, de 54 anos.

Pedro e Onil foram presos junto com seu irmão, o acusado Ariel, na segunda-feira, depois que três mulheres e uma menina de seis anos nascida em cativeiro foram resgatadas por um vizinho da casa de Ariel em Cleveland, Ohio.

No entanto, tanto Pedro quanto Onil foram libertados mais tarde, já que a polícia não tem evidências de que participaram dos crimes.

Na entrevista à CNN, os dois disseram que não tinham ideia do que estava ocorrendo na casa de seu irmão.

"Seu eu soubesse que meu irmão estava fazendo algo assim, teria chamado a polícia em um minuto, porque isso não está bem", disse Pedro.

"Se eu soubesse, teria informado, ainda que fosse meu irmão", acrescentou.

Os irmãos afirmaram que nunca foram para além da cozinha da casa de Ariel, onde mantinha as três mulheres como reféns. Explicaram que seu irmão deixava o resto da casa com as cortinas fechadas e com a televisão e o rádio ligados para esconder os ruídos.


"Algo sempre tinha que estar ligado na cozinha. Assim eu não podia ouvir nada além do rádio ou da TV", disse Pedro.

Os dois afirmaram que enquanto permaneceram detidos estiveram separados de Ariel, mas Onil o viu ao menos uma vez.

Ariel disse a ele: "Onil, você nunca voltará a me ver. Te amo, irmão", relatou.

Ariel Castro, um desempregado ex-motorista de ônibus de 52 anos e origem porto-riquenha, foi indiciado na quarta-feira por estupro e quatro sequestros, das três jovens Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight, que manteve como reféns por uma década, além de Jocelyn, a menina de seis anos que o acusado teve com Berry.

Ele permanece detido depois que um tribunal fixou uma fiança de oito milhões de dólares.

O promotor do caso disse que os investigadores repassarão todos os tormentos aos quais Ariel Castro supostamente submeteu suas reféns com o objetivo de acrescentar novas acusações, incluindo algumas que podem levar à pena de morte.

Onil disse que estava particularmente horrorizado, já que sabia que Ariel e o pai de Gina DeJesus iam juntos às vigílias pelas desaparecidas, e abraçou sua mãe.

"Felix, eu sei que você está aí ouvindo e sabe que eu estava preocupado com sua filha, e não tinha a mais remota ideia de que isto estava ocorrendo", disse o irmão mais novo, segundo um trecho publicado no site da CNN.

Durante a entrevista, ambos disseram ter medo de nunca estarem livres do julgamento, da suspeita e do estigma social depois de terem sido detidos.

"Será algo que me perseguirá, já que as pessoas vão pensar, 'claro, Pedro teve algo a ver com isso'. E Pedro não teve nada a ver com isso", disse o próprio Pedro falando de si mesmo na terceira pessoa.

Seu irmão Onil acrescentou: "as pessoas que me conhecem sabem que Onil Castro não é essa pessoa e não tem nada a ver com isso. Eu nunca teria pensado em fazer uma coisa deste tipo".

Os dois irmãos do acusado e sua mãe de 71 anos contaram que as pessoas lançam pedras contra suas casas e que recebem ameaças de morte via internet, informou a rede CNN.

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