Mundo

Irmandade nega ter roubado a revolução, como acusa Kerry

A Irmandade Muçulmana egípcia negou ter roubado a revolução, como disse o secretário de Estado americano John Kerry

O secretário de Estado americano, John Kerry: "acusações de Kerry deformam a realidade", afirma comunicado da Irmandade Muçulmana (Paul J. Richards/AFP)

O secretário de Estado americano, John Kerry: "acusações de Kerry deformam a realidade", afirma comunicado da Irmandade Muçulmana (Paul J. Richards/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2013 às 13h28.

Cairo - A Irmandade Muçulmana egípcia negou nesta sexta-feira ter roubado a revolução, como disse o secretário de Estado americano John Kerry, e acusou o governo dos Estados Unidos de ter apoiado e participado na destituição do presidente Mohamed Mursi.

"As acusações de Kerry deformam a realidade", afirma em um comunicado Mahmud Husein, secretário-geral do movimento, da qual procede Mursi.

Na quarta-feira, Kerry afirmou que "os garotos da praça Tahrir", epicentro da revolta que expulsou do poder Hosni Mubarak em 2011, "não estavam motivados por nenhuma religião ou ideologia" e que a revolução "foi roubada pela entidade mais bem organizada de todo o país: a irmandade".

"A Irmandade Muçulmana entrou no Parlamento e na presidência graças a eleições transparentes organizadas sob o poder militar (de transição) e que o ex-presidente americano Jimmy Carter acompanhou como observador", respondeu Husein.

Segundo ele, o governo dos Estados Unidos "defende a democracia e as liberdades em casa e é o principal apoio da ditadura e da repressão das liberdades" no Egito. Husein também acusa o governo americano de ter "apoiado e participado no golpe de Estado" contra Mursi.

Em 3 de julho, o general Abdel Fatah al-Sisi, vice-primeiro-ministro, ministro da Defesa e comandante-em-chefe do exército, destituiu Mursi, depois que milhões de egípcios saíram às ruas para pedir a renúncia do presidente, acusado de monopolizar o poder em benefício da Irmandade Muçulmana e de querer islamizar a sociedade.

Desde então, os partidários de Mursi denunciam o "golpe de Estado". A repressão das forças de segurança já provocou mais de mil mortes e milhares de detenções.

Acompanhe tudo sobre:Irmandade MuçulmanaJohn KerryMohamed MursiPolíticos

Mais de Mundo

O que é o Projeto Manhattan, citado por Trump ao anunciar Musk

Donald Trump anuncia Elon Musk para novo Departamento de Eficiência

Trump nomeia apresentador da Fox News como secretário de defesa

Milei conversa com Trump pela 1ª vez após eleição nos EUA