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Irmandade Muçulmana não reconhece novo governo do Egito

"É um governo golpista e (a posse) é um movimento nulo", criticou o porta-voz do Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da organização, Ahmed Subaya


	Presidente interino do Egito, Adly Mansour: segundo o Al Nour, os protestos de 30 de junho contra Mursi, tinham reivindicações sociais e políticas, mas o objetivo não era "acabar com a identidade islâmica".
 (Khaled Desouki/AFP)

Presidente interino do Egito, Adly Mansour: segundo o Al Nour, os protestos de 30 de junho contra Mursi, tinham reivindicações sociais e políticas, mas o objetivo não era "acabar com a identidade islâmica". (Khaled Desouki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2013 às 15h43.

Cairo - A Irmandade Muçulmana rejeitou a legitimidade do novo governo egípcio, liderado por Hazem el Beblaui, horas depois que os membros do Executivo jurassem seus cargos nesta terça-feira.

O porta-voz do Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da organização, Ahmed Subaya, disse à Agência Efe que "nem o golpe de Estado nem o governo" são reconhecidos.

"É um governo golpista e (a posse) é um movimento nulo", criticou Subaya.

Já o vice-presidente do PLJ, Esam al Arian, usou o Facebook para afirmar que "o governo golpista viola o poder. Um governo que não se baseia no povo após eleições parlamentares é um governo de gestão de negócios".

A formação do novo gabinete era uma das etapas do processo de transição iniciado depois que as Forças Armadas egípcias depuseram Mohammed Mursi, no último dia 3. O presidente era o líder do PLJ, até assumir o cargo máximo do país.

O partido salafista Al Nour denunciou, por sua vez, que o novo governo não é neutro. Em comunicado emitido pouco antes do ato de posse, quando se conheciam os nomes de vários ministros, a direção da legenda denunciou que a maioria dos indicados pertencia a uma só corrente, a liberal.

Segundo o Al Nour, os protestos de 30 de junho contra Mursi, tinham reivindicações sociais e políticas, mas o objetivo não era "acabar com a identidade islâmica".

A presidência egípcia garantiu horas antes do ato de posse que não excluiu nenhum setor da sociedade, nem os islamitas do governo de transição. 

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