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Irmandade Muçulmana anuncia triunfo do 'sim' em referendo

Vitória do 'sim' no referendo constitucional realizado no Egito teve apoio de 71% dos eleitores neste sábado, segundo dados não oficiais


	Durante segunda rodada do plebiscito, Irmandade Muçulmana e a Frente de Salvação Nacional (FSN) denunciaram haver detectado várias irregularidades
 (Patrick Baz/AFP)

Durante segunda rodada do plebiscito, Irmandade Muçulmana e a Frente de Salvação Nacional (FSN) denunciaram haver detectado várias irregularidades (Patrick Baz/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2012 às 08h55.

Cairo - A Irmandade Muçulmana anunciou neste domingo a vitória do 'sim' no referendo constitucional realizado no Egito, com um apoio de 71% dos eleitores neste sábado, segundo seus dados não oficiais.

Em comunicado divulgado através de seu site, a confraria islâmica assegura, além disso, que somadas as duas rodadas de votação - a primeira delas realizada no dia 15 de dezembro - a vitória do 'sim' foi de 64%, contra 36% do 'não', sempre à espera dos dados oficiais.

O grupo ao que pertenceu o presidente egípcio, Mohammed Mursi, até chegar ao poder informou que o 'sim' venceu em 16 das 17 províncias nas quais foi realizada no sábado a segunda fase da consulta.

A única na qual ganhou o 'não' foi Menufiya (norte), segundo a Irmandade Muçulmana, cujos dados apontam para uma vitória folgada do 'sim' nas outras províncias, entre as quais se encontram Giza, que abrange parte do Cairo, Suez (leste) e Luxor.

Por sua vez, a televisão egípcia indicou que o 'sim' conseguiu 70,7% dos votos na segunda rodada, enquanto o jornal estatal 'Al-Ahram' o avalia em 71,4%, com uma participação de 32%.

O primeiro turno aconteceu há uma semana em outras dez províncias, entre elas Cairo e Alexandria, e nela ganhou o 'sim' com quase 57% dos votos, sempre segundo os resultados oficiosos.

Durante a segunda rodada do plebiscito, tanto Irmandade Muçulmana como a Frente de Salvação Nacional (FSN), que reúne grande parte da oposição não islamita, denunciou haver detectado várias irregularidades.

O FSN solicitou o 'não' ao considerar que a redação da minuta da Constituição foi monopolizada pelos islamitas e que o texto corta direitos e liberdades, além de abrir a porta para uma interpretação islamita da lei, entre outras críticas. EFE

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