Mundo

Irlanda mantém negativa de aumentar imposto sobre empresas

País tem uma das menores tarifas da Europa para empresas; aumento é condição da UE para baixar as taxas de juros do empréstimo

Eamon Gilmore, vice-primeiro-ministro irlandês, não quer aumentar os impostos (The Labour Party/Reprodução)

Eamon Gilmore, vice-primeiro-ministro irlandês, não quer aumentar os impostos (The Labour Party/Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2011 às 14h35.

Paris - A Irlanda se mantém firme na negativa de aumentar o aumento de impostos sobre empresas, apesar dos apelos de seus parceiros europeus, considerando vital conservar uma taxa atraente para retomar o crescimento, declarou esta quarta-feira à AFP o vice-primeiro-ministro irlandês, Eamon Gilmore.

Gilmore, que também é ministro das Relações Exteriores, disse em entrevisra na sede da AFP:

"Serei muito claro nisto, a Irlanda não planeja aumentar a taxa do imposto de empresas e há várias razões para isto".

Vários países europeus, entre eles a França, pedem que a Irlanda aumente sua taxa de impostos sobre as empresas, atualmente fixada em 12,5%, ou seja, uma das mais baixas da Europa, em troca de um abrandamento das condições para a ajuda de 85 bilhões de euros que União Europeia e FMI exigiram em novembro.

O vice-primeiro-ministro irlandês não descartou a possibilidade de um compromisso sobre este assunto e disse que "é possível encontrar uma solução" e que "as discussões continuam".

Para a Irlanda, é totalmente injustificado por os dois assuntos na mesma balança.

A redução da taxa de juros dos empréstimos dados à Irlanda por seus parceiros foi aceita pelo Conselho Europeu, mas bloqueada por alguns Estados.

A Irlanda quer continuar oferecendo aos seus investidores em potencial toda a estabilidade que exigem na área fiscal, pois daí depende seu crescimento e sua capacidade de respeitar os compromissos que adquiriu na redução do déficit orçamentário, acrescentou.

A agência de qualificação Moody's Investors Service considerou esta semana que uma eventual reestruturação da dívida grega teria, necessariamente, um impacto negativo para a nota soberana dos países europeus mais frágeis, entre eles a Irlanda.

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasEuropaImpostosIrlandaLeãoPiigsUnião Europeia

Mais de Mundo

Missão da SpaceX foi ao resgate de astronautas presos na ISS

Após morte de Nasrallah, Netanyahu afirma que “trabalho ainda não está concluído”

Bombardeio israelense atinge arredores do aeroporto de Beirute

Morte de Nasrallah é golpe contra Hezbollah, mas impactos são incertos