Imagem do furacão Irene se aproximando da costa da Carolina do Norte (Handout/Getty Imagens)
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2011 às 13h11.
Washington- Cerca de 200 mil pessoas ficaram sem energia elétrica neste sábado no litoral da Carolina do Norte em consequência das fortes chuvas e os intensos ventos do furacão "Irene", que está nos Estados Unidos.
A porta-voz da companhia elétrica Progress Energy, Lauren Bradford, disse à imprensa local que as áreas litorâneas de Wilmington e Wrightsville Beach, no centro e sul da Carolina do Norte, foram as mais afetadas pelos cortes de energia, já que foram as primeiras a sentirem os efeitos do furacão.
Em outras cidades do estado, como Atlantic Beach, há informações de inundações em estradas paralelas ao litoral e um píer foi arrasado pela força da água.
Irene tocou terra nesta manhã às 7h30 (8h30 de Brasília) perto do cabo Lookout, na Carolina do Norte (leste do país), com ventos máximos sustentados de 140 km/h, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC).
Irene chegou aos EUA como um ciclone categoria 1, a mínima na escala de intensidade Saffir-Simpson, de no máximo cinco, e existe a previsão de que perca intensidade nas próximas horas, embora por precaução as autoridades estejam preparadas para "o pior cenário".
O diretor do Centro Nacional de Furacões, Bill Read, afirmou que espera elevação do nível das águas na costa do Oceano Atlântico cerca de quatro metros, por isso advertiu sobre possíveis danos a prédios litorâneos ao longo do percurso de Irene.
De acordo com os meteorologistas, Irene castigará neste sábado e no domingo a costa leste dos EUA a partir das Carolinas (do Norte e Sul) até Massachusetts, o que levou as autoridades americanas a declararem estado de emergência em 12 estados da região atlântica, onde moram 65 milhões de americanos.
Espera-se que o furacão, que em sua passagem pelo Caribe deixou seis mortos, continue sua trajetória em direção ao norte e chegue à capital americana, Washington, nesta tarde, onde já chove e Nova York durante a noite.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, reiterou neste sábado a ordem de remoção "obrigatória" das áreas da cidade abaixo do nível de água que afeta 370 mil pessoas, às que pediu abandonar "o mais rápido possível" e buscar proteção em casas de familiares e amigos ou em algum dos abrigos públicos.