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Iraque retira centenas de civis do leste de Mosul

Mosul, o último grande reduto do EI no Iraque, é alvo de uma ofensiva do exército iraquiano e de seus aliados desde a semana passada

Mosul: entre 80 e 150 famílias da minoria shabaka, de credo sunita, deixaram Tobzawa e a maioria delas sem levar nada, no máximo alguns objetos pessoais (Zohra Bensemra/Reuters)

Mosul: entre 80 e 150 famílias da minoria shabaka, de credo sunita, deixaram Tobzawa e a maioria delas sem levar nada, no máximo alguns objetos pessoais (Zohra Bensemra/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 12h30.

Jazer - O exército do Iraque retirou nesta terça-feira centenas de civis da cidade de Tobzawa, que foi invadida ontem pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e que fica próxima da frente de combate na cidade de Bashiqa, ao leste de Mosul.

Conforme disseram à Agência Efe alguns moradores, entre 80 e 150 famílias da minoria shabaka, de credo sunita, deixaram Tobzawa e a maioria delas sem levar nada, no máximo alguns objetos pessoais.

Além disso, os moradores asseguraram que os enfrentamentos para expulsar os jihadistas da cidade foram muito duros e que a maioria dos combatentes do EI morreu, salvo alguns que conseguiram fugir.

Os cidadãos de Tobzawa também indicaram que pelo menos um civil morreu nesses combates.

Um responsável das forças curdas ("peshmergas"), Shaker Abdullah, estimou que o número de pessoas que deixaram a cidade pode chegar a 600.

Abdullah explicou que as forças curdas estão verificando a identidade dessas pessoas para evitar que haja algum combatente radical infiltrado entre eles.

Depois desse procedimento, elas são retiradas da cidade em ônibus e realocadas em acampamentos de deslocados ou em casas de familiares.

Como a Efe pôde constatar, alguns homens ainda possuem barba longa, pois isso era uma determinação do EI. Além disso, os que estiveram dispostos a falar com a imprensa relataram que a vida com os extremistas era insuportável.

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