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Iraque quer operação contra células adormecidas após ataque

Os ataques eclipsam as declarações de vitória feitas no mês passado, depois que forças do país expulsaram o Estado Islâmico de Falluja


	EI: o Estado Islâmico reivindicou o ataque, dizendo ter sido uma ação suicida
 (Sana / Reuters)

EI: o Estado Islâmico reivindicou o ataque, dizendo ter sido uma ação suicida (Sana / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2016 às 09h48.

Bagdá - O saldo de mortes do ataque suicida em um bairro comercial de Bagdá subiu para mais de 150, reforçando pedidos para que as forças de segurança do Iraque reprimam células adormecidas do Estado Islâmico às quais se atribui um dos piores atentados a bomba isolados na história do país.

As cifras aumentaram à medida que os corpos foram sendo recuperados dos destroços da área de Karrada, na capital Bagdá, onde um caminhão refrigerado repleto de explosivos foi detonado na noite de sábado quando as pessoas estavam nas ruas comemorando o mês muçulmano sagrado do Ramadã.

O número de vítimas em Karrada estava em 151 mortos e 200 feridos ao meio-dia local desta segunda-feira, de acordo com fontes policiais e médicas. Socorristas e familiares ainda procuravam 35 pessoas desaparecidas.

O Estado Islâmico reivindicou o ataque, dizendo ter sido uma ação suicida. Outra explosão ocorreu na mesma noite, no mercado popular de Al-Shaab, um bairro xiita no norte de Bagdá, matando duas pessoas.

Os ataques eclipsam as declarações de vitória feitas no mês passado pelo governo do primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, depois que forças do país expulsaram o Estado Islâmico de Falluja, até então um bastião dos insurgentes sunitas ultrarradicais próximo de Bagdá.

Autoridades governamentais ordenaram a ofensiva contra Falluja em maio após uma série de ataques com bomba fatais em áreas xiitas de Bagdá que o governo disse terem tido sua origem em Falluja, cerca de 50 quilômetros a oeste da capital.

"Abadi tem que ter uma reunião com os chefes de segurança nacional, inteligência, o Ministério do Interior e todos os lados responsáveis pela segurança e deve lhes fazer só uma pergunta: Como podemos nos infiltrar nestes grupos?", questionou Abdul Kareem Khalaf, ex-major-general de polícia e hoje conselheiro do Centro Europeu de Contraterrorismo e de Estudo de Inteligência, sediado na Holanda.

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