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Iraque libera acesso às redes sociais após semanas de protestos

Mais de 300 pessoas já morreram desde o início dos protestos no começo de outubro

Iraque: pelo menos três pessoas morreram e 20 ficaram feridas nesta quinta (21) (Thaier al-Sudani/Reuters)

Iraque: pelo menos três pessoas morreram e 20 ficaram feridas nesta quinta (21) (Thaier al-Sudani/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de novembro de 2019 às 17h22.

Bagdá — O governo do Iraque anunciou nesta quinta-feira o fim do bloqueio das redes sociais que haviam sido censuradas para evitar a difusão de informações sobre os protestos que sacodem o país desde o início de outubro e cujos momentos mais críticos coincidiram com o corte da internet em quase todo o território.

O ministro das Comunicações iraquiano, Naim al-Rubaye, disse em breve declaração que sua pasta "conseguiu a aprovação oficial para levantar o bloqueio de forma definitiva sobre as redes sociais", sem esclarecer de quais instituições obteve essa aprovação.

Como foi constatado pela Agência Efe, hoje está sendo possível acessar as redes sociais sem a utilização de um servidor intermediário (VPN), que estava sendo usado para driblar o bloqueio.

O primeiro-ministro Adil Abdul-Mahdi vinha defendendo o bloqueio do acesso à internet, argumentando que esse meio vinha sendo utilizado em protestos que visavam "promover a violência e o ódio, além da conspiração contra a nação e dificultar a vida pública".

No dia de hoje, pelo menos três pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas quando as forças de segurança tentavam dispersar um grupo de manifestantes que montaram uma barricada em uma ponte em Bagdá.

Uma fonte do Ministério do Interior que pediu anonimato, disse que mesmo com esses incidentes, a situação na região é relativamente calma e não aconteceram mais confrontos entre a polícia e os manifestantes.

Até o momento, desde o início dos protestos, mais de 300 pessoas morreram em nove províncias do Iraque, principalmente devido a tiros e repressão de forças de segurança, de acordo com a ONG Observatório Iraquiano de Direitos Humanos.

Os protestos se concentram na capital e regiões do sul do país, principalmente as xiitas e ricas em petróleo, e hoje são palcos de novos atos na cidade de Basra, onde centenas de manifestantes estão concentrados nas proximidades de edifícios governamentais.

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