Mundo

Iraque declara vitória sobre Estado Islâmico em Mosul

Primeiro-ministro do Iraque parabenizou o exército pela "vitória" sobre o EI em pronunciamento

Estado Islâmico (Stringer/Reuters/Reuters)

Estado Islâmico (Stringer/Reuters/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 9 de julho de 2017 às 11h46.

Mosul - O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, chegou em Mosul neste domingo e parabenizou as Forças Armadas por sua "vitória" sobre o Estado Islâmico após quase nove meses de guerra urbana, pondo um fim aos três anos de comando jihadista na cidade.

A batalha deixou grandes partes de Mosul em ruínas, matou milhares de civis e desalojou quase um milhão de pessoas. O Estado Islâmico, entretanto, ainda controla territórios no Iraque e deve voltar a táticas insurgentes mais convencionais como bombardeios no momento em que seu auto-proclamado califado é desmantelado.

"O comandante das Forças Armadas (primeiro-ministro) Haider al-Abadi chegou na cidade liberta de Mosul e parabenizou os combatentes heróicos e o povo iraquiano pela grande vitória", disse seu gabinete em comunicado.

Os corpos de militantes mortos estão estirados nas estreitas ruas da Cidade Velha de Mosul, onde o Estado Islâmico organizou a última posição contra as forças iraquianas apoiadas pela coalizão liderada pelos EUA.

O grupo jurou "lutar até a morte" em Mosul, mas o porta-voz do Exército iraquiano, general-brigadeiro Yahya Rasool, disse à TV estatal que 30 militantes haviam sido mortos tentando escapar nadando o Rio Tigre, que divide a cidade.

Encurralados em uma área cada vez menor, os militantes recorreram à estratégia de enviar mulheres-bomba entre os milhares de civis que estão saindo do campo de batalhas feridos, mal-nutridos e temerosos.

A batalha também provocou grandes forças nas forças de segurança do Iraque.

O governo iraquiano não revela números de mortos, mas um pedido de financiamento do Departamento de Defesa dos EUA afirmou que o Serviço de Contra-Terrorismo de elite, que liderou a luta em Mosul, sofreu 40 por cento de perdas.

O Departamento de Defesa pediu 1,269 bilhão de dólares em fundos do orçamento norte-americano para 2018 para continuar apoiando forças iraquianas.

Faz quase três anos que o líder do grupo de linha dura Abu Bakr al-Baghdadi proclamou o "califado", que abrange a Síria e o Iraque do púlpito da mesquita medieval Grand al-Nuri.

Abadi declarou o fim do "estado de falsidade" do Estado Islâmico há uma semana, após forças de segurança retomarem a mesquita - ainda que apenas depois que os militantes em retirada a explodiram.

As Nações Unidas previram que custará mais de 1 bilhão de dólares para reparar a infraestrutura básica em Mosul. Em algumas das áreas mais afetadas, quase nenhum prédio parece ter escapado ao dano e a densa construção de Mosul significa que a extensão da devastação pode ter sido subestimada, disseram autoridades da ONU.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoIraque

Mais de Mundo

Magnata vietnamita terá que pagar US$ 11 bi se quiser fugir de pena de morte

França afirma que respeitará imunidade de Netanyahu se Corte de Haia exigir prisão

Em votação apertada, Parlamento Europeu aprova nova Comissão de Ursula von der Leyen

Irã ativa “milhares de centrífugas” em resposta à agência nuclear da ONU