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Iraque convoca embaixador americano após veto de Trump

Al Jaafari pediu ao governo americano que "avalie os sacrifícios iraquianos na guerra contra o terrorismo" no próprio Iraque

Iraque: "Os iraquianos são vítimas do terrorismo, enfrentam seus crimes e estão perseguindo os batalhões do (grupo jihadista) Estado Islâmico de uma cidade a outra" (Muhammad Hamed/Reuters)

Iraque: "Os iraquianos são vítimas do terrorismo, enfrentam seus crimes e estão perseguindo os batalhões do (grupo jihadista) Estado Islâmico de uma cidade a outra" (Muhammad Hamed/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 18h06.

Bagdá - O ministro das Relações Exteriores do Iraque, Ibrahim al Jaafari, convocou nesta segunda-feira o embaixador americano em Bagdá, Douglas Silliman, para expressar a "surpresa" causada após os cidadãos iraquianos e de outros seis países serem vetados de entrar nos Estados Unidos.

Em comunicado, Al Jaafari afirmou que o Iraque "rejeita a decisão e pede que seja revisada, ao mesmo tempo que assegura a manutenção das melhores relações entre Bagdá e Washington".

Al Jaafari pediu ao governo americano que "avalie os sacrifícios iraquianos na guerra contra o terrorismo" no próprio Iraque.

"Os iraquianos são vítimas do terrorismo, enfrentam seus crimes e estão perseguindo os batalhões do (grupo jihadista) Estado Islâmico de uma cidade a outra" no território nacional, ressaltou.

Além disso, afirmou que "o Iraque enfrenta os terroristas do Estado Islâmico que vieram de mais de cem países do mundo, inclusive dos EUA e de outros países democráticos", que "nunca foram julgados por isso".

Al Jaafari ressaltou que "nunca nenhum iraquiano esteve envolvido em atos de terrorismo nos Estados Unidos ou em outros países" e destacou que "a comunidade iraquiana em todos os países do mundo tem boa reputação e não há evidências de seu envolvimento em atos terroristas".

O diplomata americano disse ao titular das Relações Exteriores iraquiano que transmitirá a mensagem ao governo de Donald Trump, que na sexta-feira passada emitiu um decreto que suspende tanto a entrada de todos os refugiados durante 120 dias como a concessão durante 90 dias de vistos a sete países (Irã, Síria, Iraque, Somália, Sudão, Iêmen e Líbia).

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