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Iranianos acusam Israel pela morte de cientistas

TV estatal do Irã exibiu confissões de 13 pessoas que afirmaram ser membros de redes treinadas pela inteligência israelense para assassinar cientistas nucleares

Estudantes iranianos, no aeroporto de Teerã, com cartazes de cientistas nulceares assassinados: depoimentos exibidos em TV estatal do Irã acusam Israel pela morte dos profissionais (Atta Kenare/AFP)

Estudantes iranianos, no aeroporto de Teerã, com cartazes de cientistas nulceares assassinados: depoimentos exibidos em TV estatal do Irã acusam Israel pela morte dos profissionais (Atta Kenare/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2012 às 09h21.

Teerã - A televisão estatal do Irã exibiu as "confissões" de 13 iranianos que afirmaram ser membros das redes formadas e treinadas pelos serviços de inteligência israelenses para assassinar quatro cientistas nucleares da república islâmica.

A emissora mostrou oito homens e cinco mulheres que afirmaram ter participado nos assassinatos.

Nas imagens disponíveis no site http://www.yjc.ir/fa/news/4047313, aparece Majid Jamali Fashi, executado por ter assassinado, em janeiro de 2010, Masud Ali Mohammadi, um importante físico nuclear. Ele afirmou que foi treinado pelos serviços de inteligência israelenses.

A justiça iraniana destacou que ele atuou estimulado pelo Mossad, o serviço de inteligência israelense, que teria feito um pagamento de 120.000 dólares.

O ministério do Serviço Secreto destacou recentemente que prendeu membros de várias redes vinculadas com Israel que tinham por objetivo assassinar cientistas nucleares iranianos.

Desde 2010, quatro cientistas nucleares, Masud Ali Mohammadi, Majid Shahriari, Dariush Rezaie-Nejad e Mostafa Ahmadi Roshan, foram assassinados.

Fereydun Abbassi Davani, atual diretor do programa nuclear iraniano, escapou de uma tentativa de assassinato.

O Irã acusa Israel e Estados Unidos, seus inimigos declarados, de ter organizado os assassinatos para desorganizar seu programa nuclear.

Outro iraniano, Maziar Ebrahimi, afirma no vídeo ter sido "enviado a Israel para aprender a administrar explosivos e armas de guerra".

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