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Irã se manifesta contra genocídio de rohingyas em Mianmar

As críticas do país se deram por meio de protestos populares e declarações de dirigentes e militares

Rohingya: centenas de pessoas fizeram uma passeata para pedir o fim da perseguição a esta minoria muçulmana (Allison Joyce/Getty Images)

Rohingya: centenas de pessoas fizeram uma passeata para pedir o fim da perseguição a esta minoria muçulmana (Allison Joyce/Getty Images)

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EFE

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 10h19.

Teerã - O Irã se manifestou nesta sexta-feira contra o "genocídio" sofrido pela minoria muçulmana rohingya em Mianmar, durante protestos populares no centro de Teerã e em declarações dos dirigentes políticos e militares.

Durante a oração do meio-dia, a mais importante para os muçulmanos, na Universidade de Teerã, o discurso religioso foi cheio de referências à crise envolvendo os rohingyas.

Centenas de pessoas fizeram uma passeata após a oração pela avenida Engelab, uma das principais da capital, para pedir o fim da perseguição a esta minoria muçulmana.

Os manifestantes exibiam cartazes nos quais se lia em farsi e inglês "Parem o genocídio em Mianmar", enquanto crianças entoavam canções revolucionárias.

A nível político, o ministro de Exteriores, Mohamad Yavad Zarif, pediu em uma carta dirigida ao secretário geral da ONU, Antonio Guterres, que o organismo internacional tome "rapidamente as medidas necessárias" para resolver a crise.

Zarif qualificou de "alarmante" a situação dos rohingyas e descreve "ataques sistemáticos" contra esta minoria, que exacerbam "uma história de discriminação injusta e desespero".

O chefe da diplomacia iraniana também pediu ao Governo birmanês que reconheça os rohingyas como cidadãos, pare "imediatamente" a atual violência contra esta minoria muçulmana e permita a distribuição de ajuda humanitária.

As autoridades iranianas estão fazendo contatos com outros países islâmicos e já anunciaram negociações para enviar ajuda humanitária.

Segundo informou hoje o Ministério de Exteriores, o governo iraniano entrou em contato com o birmanês para distribuir a ajuda humanitária através do Crescente Vermelho, mas as conversas ainda não deram frutos.

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