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Irã se diz disposto a falar com Ucrânia após acusações "infundadas" sobre drones

Nasser Kanani, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, comentou que o país "está disposto a negociar e a discutir com a Ucrânia para esclarecer essas acusações"

Kiev e seus aliados acusam a Rússia de utilizar drones iranianos em seus ataques contra a Ucrânia (AFP/Divulgação)

Kiev e seus aliados acusam a Rússia de utilizar drones iranianos em seus ataques contra a Ucrânia (AFP/Divulgação)

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AFP

Publicado em 18 de outubro de 2022 às 17h33.

Última atualização em 18 de outubro de 2022 às 18h49.

O Irã disse, nesta terça-feira, 18, que está disposto a falar com a Ucrânia para esclarecer as declarações "infundadas" segundo as quais Teerã fornece à Rússia armas e drones para sua ofensiva contra a Ucrânia.

Kiev e seus aliados acusam a Rússia de utilizar drones iranianos em seus ataques contra a Ucrânia. O Kremlin, por sua vez, disse nesta terça que não tem conhecimento de que seus militares estariam utilizando essas armas na Ucrânia.

Nasser Kanani, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, disse em uma nota que essas acusações "não têm fundamento" e "se baseiam em informações falsas".

Kanani acrescentou que o Irã "está disposto a negociar e a discutir com a Ucrânia para esclarecer essas acusações".

"As afirmações segundo as quais a República Islâmica estaria enviando armas, incluindo drones de combate, para serem utilizadas na guerra na Ucrânia" são "falsas", declarou o ministério.

A Ucrânia pediu na segunda-feira à União Europeia mais sanções contra o Irã depois de uma onda de ataques mortais com drones kamikazes em Kiev.

Nesta terça, o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba propôs ao presidente Volodimir Zelensky romper as relações diplomáticas com a república islâmica.

Segundo Kuleba, Teerã forneceu drones à Rússia "enquanto nos dizia ser contra a guerra e que não apoiava nenhuma das partes".

Nos últimos dias, Kiev denunciou em diversas ocasiões o uso por parte da Rússia de drones de fabricação iraniana, incluídos os kamikazes Shahed 136, para atacar infraestruturas energéticas civis na Ucrânia.

Kiev já havia reduzido em setembro a presença diplomática do Irã no país como represália ao suposto fornecimento de armas de Teerã para Moscou.

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