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Irã se dispõe a abrir usinas nucleares para inspeção internacional

Parte da comunidade internacional ainda vê com desconfiança o programa iraniano, que é alvo de suspeitas de fabricar armas atômicas

Ahmadinejad, presidente do Irã: usinas nucleares abertas para inspeção internacional (Spencer Platt/Getty Images)

Ahmadinejad, presidente do Irã: usinas nucleares abertas para inspeção internacional (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2011 às 09h48.

Brasília - Depois de mais de seis meses sob rigorosas sanções impostas pela comunidade internacional, o governo do Irã anunciou hoje (4) que se dispõe a abrir as usinas nucleares do país para inspeções de autoridades estrangeiras. O convite foi feito pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã, Ramin Mehmanparast. As informações são da rede estatal de televisão, Press TV.

“O Irã convidou os embaixadores dos países europeus e do Movimento dos Não Alinhados e representantes de P5 +1 [Rússia, China, França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Alemanha] para uma visita à República Islâmica, para inspecionar as instalações nucleares do país, abrindo espaço para conversas entre o Irã e os demais países, em Istambul [Turquia]”, disse.

De acordo com Mehmanparast, as reuniões entre representantes do Irã e do P5+1 ocorrerão no fim de janeiro, em data a ser definida. O acordo foi fechado em 7 de dezembro, em Genebra, na Suíça. A retomada do diálogo foi comandada pelo secretário do Supremo Conselho de Segurança Nacional do Irã, Saeed Jalili, e a chefe de Política Externa da União Europeia, Catherine Ashton.

Para o porta-voz iraniano, há a disposição de buscar um acordo em respeito à “boa vontade de Teerã" no que se refere a dar informações sobre o programa nuclear desenvolvido pelo governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad. Porém, parte da comunidade internacional ainda vê com desconfiança o programa iraniano, que é alvo de suspeitas de fabricar armas atômicas e não de desenvolver um projeto pacífico.

Ahmadinejad e as autoridades iranianas negam as suspeitas. Os iranianos afirmam que o programa nuclear desenvolvido no país tem fins pacíficos, inclusive para uso hospitalar. No entanto, as desconfianças levaram o Conselho de Segurança das Nações Unidas a aprovar, em junho de 2010, uma série de sanções ao Irã que atingem principalmente a área econômica.

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