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Irã: saída de Mubarak é derrota de quem se submete às potências

País rompeu relações com o Egito em 1979, mas manifestou apoio a revolta popular no país

Porta-voz do ministro das Relações Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast (Atta Kenare/AFP)

Porta-voz do ministro das Relações Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast (Atta Kenare/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 16h52.

Teerã - O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, afirmou nesta sexta-feira que a renúncia do presidente egípcio, Hosni Mubarak, significa a derrota dos Governos que se submetem às grandes potências.

Em declarações divulgadas pela televisão oficial iraniana em árabe "Alalam", o porta-voz qualificou como uma "grande vitória para o povo egípcio" a entrega do poder por parte de Mubarak às Forças Armadas.

"Acreditamos que se continuará por este caminho e que todas as reivindicações do povo egípcio poderão se materializar", acrescentou.

Irã e Egito romperam relações diplomáticas em 1979, após a vitória que depôs o último Xá de Pérsia, o pró-ocidental Mohamad Reza Pahlevi.

Mesmo assim, o regime iraniano apoiou desde o início a revolta popular no Egito, que entende como uma "onda de despertar islâmico" e um enfraquecimento da influência dos Estados Unidos na região.

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