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Irã rejeita restrições ao enriquecimento de urânio

Hassan Rohani, presidente iraniano, disse que o país é contra limitações ao seu programa de enriquecimento de urânio

Hassan Rohani: Irã e potências retomaram negociações sobre questão nuclear (Atta Kenare/AFP/AFP)

Hassan Rohani: Irã e potências retomaram negociações sobre questão nuclear (Atta Kenare/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 11h25.

Teerã - O presidente iraniano, Hassan Rohani, disse que seu país é contra a imposição de limites ao seu programa de enriquecimento de urânio, como querem as principais potências ocidentais, informou nesta quinta-feira a página oficial do governo de Teerã.

"Todos os países signatários do Tratado de Não Proliferação (TNP) têm os mesmos direitos. O TNP não diz em nenhuma parte qual deve ser o número de centrífugas", disse Rohani durante um encontro com membros de grupos de reflexão americanos em Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU.

Rohani respondeu, assim, à pergunta de por que Teerã não aceitará limitar suas centrífugas para o enriquecimento de urânio a 5.000 unidades, para alcançar um acordo com o grupo 5+1.

O Irã e as potências do grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China, além da Alemanha) retomaram na semana passada em Nova York as negociações sobre esta questão.

Teerã quer multiplicar por dez sua capacidade atual de enriquecimento de urânio, mas o Ocidente pede que reduza o número de centrífugas a 4.000, das 19.000 que possui (9.000 delas ativas).

O acordo de Genebra concluído em novembro de 2013 entre o Irã e o grupo 5+1 "diz que o enriquecimento deve ser feito em função das necessidades do país. Estas necessidades são fixadas pelo governo e pelo parlamento", disse Rohani.

Teerã nega as acusações ocidentais de que busca fabricar uma bomba atômica.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, disse em um encontro com seu colega grego que o Irã está "decidido a não vincular a questão nuclear a nenhuma outra questão", em referência à luta contra os jihadistas do Estado Islâmico, informou a agência oficial IRNA.

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