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Irã quer menos sanções sem parar teste nuclear, diz Israel

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Irã pretende que a comunidade internacional alivie sanções sem ter de suspender programa nuclear


	O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu: "sanções devem permanecer e reforçar-se até que o Irã suspenda seu programa nuclear", disse
 (Gali Tibbon/Reuters)

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu: "sanções devem permanecer e reforçar-se até que o Irã suspenda seu programa nuclear", disse (Gali Tibbon/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 13h12.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, manifestou nesta terça-feira que o regime iraniano pretende que a comunidade internacional alivie as sanções que lhe mantém impostas sem ter de suspender seu programa nuclear, que Israel considera uma de suas principais ameaças.

"O regime iraniano procura um acordo parcial que permita uma suavização das sanções sem precisar se privar realmente de seu programa nuclear militar", disse Netanyahu após um encontro realizado hoje em Jerusalém com seu colega grego, Antonis Samaras.

O chefe do Executivo israelense acrescentou que tal cenário resulta "inconcebível", e que "as sanções devem permanecer e reforçar-se até que o Irã suspenda seu programa nuclear militar".

Netanyahu e Samaras realizaram hoje a primeira cúpula bilateral, formato com o qual pretendem relançar a todo vapor relações que se viram propícias de forma quase circunstancial a partir de 2010 pelo declive dos laços turco-israelenses.

A cúpula "coroa as relações especiais que se desenvolveram entre os dois países nos últimos três anos", precisa um comunicado do Ministerio das Relações Exteriores de Israel.

Após décadas de distanciamento, devido primeiro à proximidade dos governos socialistas gregos com a causa palestina, e posteriormente pelo receio de Atenas à aliança militar que Israel tinha com a Turquia, ambos os países voltaram a se aproximar a partir de junho de 2010, após o assalto israelense à embarcação turca "Mavi Mármara" quando se dirigia a Gaza com ajuda humanitária.

A morte de dez ativistas turcos nessa operação, somada à afinidade ideológica do primeiro-ministro turco, Recep Tayyp Erdogán, com o governo islamita do Hamas em Gaza, acabaram enfraquecendo muito a aliança entre Turquia e Israel, que se inspirava mais em interesses militares que em uma amizade entre povos.

Netanyahu aproveitou a crise para relançar rapidamente os vínculos com a Grécia - também fez isso com o Chipre - viajou para Atenas e abriu um período de aproximação que se caracterizou por uma troca sem precedentes de visitas mútuas e acordos bilaterais.

Na reunião de hoje participaram, além do primeiro-ministro, os titulares das Relações Exteriores, Segurança Interior, Energia, Educação, Cultura, Turismo e Desenvolvimento.

Ambos os governos assinarão uma dezena de acordos em diferentes campos, reflexo do "interesse estratégico a longo prazo" que ambos têm nesta nova relação, segundo o site do Ministério de Relações Exteriores de Israel.

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