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Irã pediu 'ajustes' à proposta da UE sobre programa nuclear

O Irã respondeu dizendo 'sim, mas', ou seja, quer alguns ajustes adicionais", disse Borrell

O acordo foi assinado em 2015 com o Irã pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Lisi Niesner/Reuters)

O acordo foi assinado em 2015 com o Irã pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Lisi Niesner/Reuters)

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AFP

Publicado em 23 de agosto de 2022 às 10h48.

O Irã pediu "alguns ajustes" à proposta de acordo submetida pela União Europeia (UE) aos participantes nas negociações sobre o programa nuclear iraniano, afirmou nesta terça-feira (23) o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

Em entrevista à televisão nacional espanhola, Borrell confirmou que "a maior parte" dos participantes aceitou as demandas iranianas, as quais não revelou, e que "falta apenas a resposta dos Estados Unidos"

Os esforços para retomar o acordo estão em um momento crítico. O acordo foi assinado em 2015 com o Irã pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha, mas colapsou em 2018 depois que o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou seu país unilateralmente.

O objetivo do acordo era garantir o caráter civil do programa nuclear do Irã, acusado regularmente de querer desenvolver armas atômicas, apesar de negar. Em troca, Teerã se beneficiaria de uma suspensão parcial das sanções internacionais que pesam sobre o país.

A UE, que assegura a coordenação dessas negociações para reviver o acordo, indicou em 8 de agosto ter apresentado "um texto final" aos participantes e pediu a todas as partes que o aceitassem.

"O Irã respondeu dizendo 'sim, mas', ou seja, quer alguns ajustes adicionais", disse Borrell na entrevista.

Em coletiva de imprensa na segunda-feira em Santander (norte da Espanha) Borrell disse que a resposta iraniana lhe parecia "razoável" e que por esta razão a transmitiu aos outros seis países.

"A maioria deles está de acordo, mas falta a resposta dos Estados Unidos (...) e esperamos receber uma resposta durante a semana", afirmou.

Washington afirmou na segunda-feira que ainda há "questões pendentes" a resolver, mas "estamos mais perto de um acordo do que há duas semanas", nas palavras do porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price.

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