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Irã pede a ONU que condene assassinato de cientista

Segundo o governo iraniano, "há provas evidentes de que certos interesses estrangeiros estão por trás do assassinato"

O cientista iraniano morreu na explosão de uma bomba magnética colocada em seu veículo por um motociclista
 (Sajad Safari/AFP)

O cientista iraniano morreu na explosão de uma bomba magnética colocada em seu veículo por um motociclista (Sajad Safari/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 08h25.

Nova York - O Irã afirmou nesta quarta-feira que tem evidência concreta sobre "interesses estrangeiros" na morte do cientista nuclear iraniano Mustafah Ahmadi Roshan, e pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que condene o fato com "toda firmeza".

O embaixador iraniano junto à ONU, Muhamad Jazae, enviou uma carta aos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e ao presidente da Assembleia Geral, Nasir Abdulaziz al Naser, pedindo que condenem "com toda firmeza" o atentado que matou o cientista.

"Há provas evidentes de que certos interesses estrangeiros estão por trás do assassinato" do cientista Mustafah Ahmadi Roshan, disse Jazae. "Estes atos terroristas fazem parte de um plano destinado a perturbar o pacífico programa nuclear iraniano".

Jazae pediu às autoridades da ONU a "eliminação do terrorismo sob todas as formas e manifestações".

O cientista iraniano morreu na explosão de uma bomba magnética colocada em seu veículo por um motociclista, quando se deslocava por Teerã.

Ahmadi Roshan, de 32 anos, era o vice-diretor para assuntos comerciais da central nuclear de Natanz, principal unidade de enriquecimento de urânio do Irã, com mais de 8.000 centrífugas.

Dois dos três cientistas iranianos assassinados desde janeiro de 2010 trabalhavam para o programa nuclear do país.

O atual diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica, Fereydun Abasi, escapou de um atentado similar em 2010. Ele conseguiu sair de um automóvel ao perceber que um motociclista havia fixado uma bomba na porta do veículo, segundo o governo iraniano.

As autoridades iranianas acusam Israel e Estados Unidos pelos atentados, assim como por um ataque virtual com o vírus Stuxnet, que teria afetado atividades de enriquecimento de urânio do Irã em 2010.

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